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Petróleo recua e WTI atinge menor valor desde 2021 com avanço em negociações entre Rússia e Ucrânia
Expectativa de acordo para o fim da guerra pressiona preços do petróleo, que fecham em queda acentuada; Brent e WTI registram patamares históricos.
O petróleo encerrou o pregão desta terça-feira, 16, em forte queda, influenciado pelo otimismo em torno de um possível acordo para o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia. O Brent atingiu o menor valor desde maio deste ano (US$ 54,89) e o WTI recuou ao menor patamar desde fevereiro de 2021 (US$ 58,72). Investidores também repercutiram dados divergentes sobre varejo, atividade econômica e emprego nos Estados Unidos.
O contrato do petróleo WTI para fevereiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), fechou com queda de 2,72% (US$ 1,54), a US$ 55,13 o barril. Já o Brent para o mesmo mês, na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), caiu 2,71% (US$ 1,64), encerrando a US$ 58,92 o barril.
Os preços iniciaram o dia em leve baixa, mas ampliaram as perdas ao longo da sessão diante de pressões geopolíticas e macroeconômicas. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, afirmou que as partes estão "à beira" de uma solução diplomática para encerrar a guerra. Autoridades europeias também destacaram avanços nas garantias de segurança para Kiev, segundo o portal Axios.
Um eventual cessar-fogo pode levar à suspensão rápida das sanções dos EUA sobre o petróleo russo, embora a retirada das restrições europeias deva ocorrer de forma mais gradual, conforme análise da Rystad Energy. Apesar do otimismo, a consultoria alerta para a necessidade de cautela, já que tentativas anteriores de acordo fracassaram em negociações anteriores.
Na América Latina, a estatal venezuelana PDVSA enfrenta dificuldades com cargas de petróleo retidas, descontos maiores nos preços e pressão de clientes para rever contratos, após apreensão de um navio pelos EUA, conforme reportado pela Reuters.
A Spartan Capital destaca ainda o excesso de oferta e a redução do prêmio de risco geopolítico para 2026, apontando que uma eventual quebra de suporte pode levar a commodity a testar o patamar de US$ 50.
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