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Ouro fecha em leve queda com ajuste de expectativas sobre juros nos EUA
Metal recua após indicadores divergentes e reavaliação do cenário econômico americano; prata também registra baixa.
O contrato futuro de ouro encerrou a terça-feira, 16, em leve baixa, mesmo diante da desvalorização do dólar, refletindo o ajuste das expectativas do mercado quanto à política monetária dos Estados Unidos. O movimento ocorre após a divulgação de dados divergentes do payroll de novembro. A prata acompanhou a tendência e também fechou o dia em queda.
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para fevereiro registrou baixa de 0,07%, a US$ 4.332,3 por onça-troy. Já a prata para março caiu 0,42%, a US$ 63,323 por onça-troy.
Após iniciar o dia em queda, o ouro chegou a esboçar recuperação no período da tarde, mas não sustentou o movimento e fechou em leve recuo. Entre os indicadores, as vendas no varejo dos EUA ficaram estáveis em outubro, enquanto a taxa de desemprego em novembro atingiu o maior patamar em mais de quatro anos, levando investidores a reavaliarem o cenário econômico e as perspectivas para os juros.
Segundo Fawad Razaqzada, analista da Forex.com, os dados americanos divulgados nesta terça-feira foram "mais fracos do que o esperado, embora não tão ruins quanto alguns temiam". Para ele, esse cenário mantém a percepção de que o Federal Reserve (Fed) terá espaço para reduzir os juros no próximo ciclo, com contratos futuros ainda precificando cortes ao longo de 2026, o que tende a favorecer ativos sem rendimento, como o ouro.
Em análise estrutural, a Capital Economics avalia que os preços do ouro devem permanecer em níveis historicamente elevados nos próximos anos, sustentados principalmente pela demanda dos bancos centrais.
No entanto, a consultoria destaca que o recente rali foi impulsionado pela demanda de investidores ocidentais e pode perder força caso o Fed corte os juros menos do que o mercado projeta atualmente. Nesse cenário, a expectativa é que o ouro recue para cerca de US$ 3.500 por onça até o fim de 2026.
A Capital Economics também ressalta que a prata tende a apresentar desempenho relativamente mais fraco nos próximos anos, devido à sua maior sensibilidade às oscilações do ciclo econômico.
Com informações da Dow Jones Newswires
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