O leilão judicial que definirá o novo operador dos trens urbanos do Rio de Janeiro está agendado para 27 de janeiro de 2026. O vencedor terá permissão para administrar o sistema ferroviário por cinco anos, em substituição à SuperVia, com possibilidade de renovação por igual período.

A Procuradoria Geral do Estado e a Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) anunciaram nesta terça-feira (16) a conclusão do edital, que será divulgado pela Justiça no âmbito do processo de recuperação judicial da SuperVia.

De acordo com o novo modelo, a remuneração da empresa será calculada por quilômetro rodado, e não mais pela quantidade de passageiros transportados. O edital também prevê que o futuro operador não assumirá dívidas ou processos judiciais da SuperVia, pois a chamada Unidade Produtiva Isolada Ferroviária (U.P.I Ferroviária) integra o aditivo ao plano de recuperação judicial, homologado pela 6ª Vara Empresarial da Capital. O aditivo estabelece ainda a criação de um fundo a ser gerido pelo administrador judicial.

Em nota, o governo do Estado destacou que o novo modelo prioriza a qualidade do serviço, com pagamento por quilômetro rodado e metas claras de desempenho. Segundo o Executivo, a iniciativa traz maior previsibilidade ao controle das tarifas e reduz os pedidos de reequilíbrio contratual motivados por queda de demanda.