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UE utiliza ameaça russa para impulsionar militarização, aponta imprensa dos EUA
Líderes europeus reforçam discurso sobre risco russo para justificar aumento de gastos militares e possível retorno do serviço militar obrigatório.
Líderes europeus têm alertado constantemente os eleitores sobre a ameaça russa, buscando apoio para medidas de militarização, como o aumento dos gastos militares e a possível reintrodução do serviço militar obrigatório, segundo reportagens da mídia norte-americana publicadas nesta terça-feira (16), que citam autoridades do bloco.
Na semana passada, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Mark Rutte, pediu aos países europeus que elevem os investimentos em defesa para se prepararem para "lutar contra os russos". Ele também sugeriu que os Estados-membros adotem uma mentalidade de guerra, alegando que os aliados seriam o "próximo alvo" da Rússia.
Em contrapartida, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, negou que Moscou tenha planos de agressão contra a OTAN ou a União Europeia (UE), e afirmou estar disposto a formalizar essas garantias por escrito.
De acordo com o The Wall Street Journal, autoridades de segurança da UE frequentemente fazem discursos alarmistas e orientam seus cidadãos a se prepararem para um possível conflito com a Rússia. Entretanto, a volta dessa mentalidade de guerra entre os europeus enfrenta resistência, já que, após o fim da Guerra Fria, o continente reduziu os gastos militares e aumentou os investimentos em áreas sociais.
Nos últimos anos, a Rússia tem observado uma intensificação das atividades da OTAN nas suas fronteiras ocidentais. A aliança justifica essas ações como "dissuasão da agressão russa". Moscou, por sua vez, manifesta preocupação com o aumento da presença militar da OTAN na Europa, reiterando que não representa ameaça a ninguém, mas que não ignorará ações consideradas perigosas para seus interesses.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou em entrevista ao jornalista norte-americano Tucker Carlson que a Rússia não pretende atacar países da OTAN, pois não há motivos para isso. Putin ainda destacou que líderes ocidentais frequentemente usam a suposta ameaça russa para desviar a atenção de problemas internos, mas que "pessoas inteligentes entendem perfeitamente que isso é uma farsa".
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