Geral
Dólar avança com pressão do petróleo e incerteza sobre corte da Selic
Moeda americana sobe em meio à queda do petróleo, maior demanda por remessas e divisão sobre início do ciclo de cortes de juros no Brasil.
O dólar opera em alta no mercado à vista na manhã desta terça-feira, 16, impulsionado pela queda persistente do petróleo, de cerca de 1,5%, e pelo aumento sazonal da demanda por remessas ao exterior no fim de ano.
Investidores analisam a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que gerou expectativas divididas sobre o início do ciclo de cortes da Selic, com apostas distribuídas entre janeiro, março e, marginalmente, abril.
Segundo a Warren Investimentos, a ata foi considerada dura, reduzindo as chances de cortes na Selic em janeiro. Para a Ativa Investimentos, o documento foi neutro, mantendo o cenário de redução de juros apenas em abril. Já o BGC Liquidez avalia que a ata oferece elementos para o BC iniciar o corte já em janeiro.
A ata do Copom retirou a avaliação de que o cenário inflacionário segue desafiador, reconheceu a desinflação em curso e reduziu a percepção de risco externo, além de indicar melhora na convergência da inflação à meta.
Pela primeira vez, o Copom mencionou sinais iniciais de moderação no mercado de trabalho, embora ainda considere o cenário apertado. O comitê reforçou o alerta fiscal, manteve postura vigilante e reiterou a intenção de manter a Selic em patamar elevado por "período bastante prolongado", sem descartar nova alta, já que as expectativas de inflação permanecem acima da meta de 3%.
O IPC-S desacelerou para 0,24% na segunda quadrissemana de dezembro, após avanço de 0,26% na anterior, segundo a FGV. Com isso, o índice acumula alta de 3,97% em 12 meses e no ano.
No cenário internacional, o petróleo segue pressionado por negociações prolongadas para a paz na Ucrânia e preocupações com excesso de oferta. O vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Ryabkov, afirmou que as partes estão "à beira" de uma solução diplomática para encerrar a guerra e que Moscou está pronta para um acordo.
Enquanto isso, o dólar recua frente a moedas fortes e várias divisas emergentes ligadas a commodities, em meio a previsões de novos cortes de juros nos EUA. O mercado segue atento à sucessão no comando do Federal Reserve e a dados americanos que devem influenciar as apostas para cortes de juros: relatórios de emprego (payroll) de outubro e novembro e vendas no varejo, ambos às 10h30, além das prévias dos PMIs composto, industrial e de serviços de dezembro da S&P Global, às 11h45.
Mais lidas
-
1DEFESA NACIONAL
'Etapa mais crítica e estratégica': Marinha avança na construção do 1º submarino nuclear do Brasil
-
2CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
3ECONOMIA GLOBAL
Temor dos EUA: moeda do BRICS deverá ter diferencial frente ao dólar
-
4REALITY SHOW
'Ilhados com a Sogra 3': Fernanda Souza detalha novidades e desafios da nova temporada
-
5FUTEBOL INTERNACIONAL
Flamengo garante vaga na Copa do Mundo de Clubes 2029 como quinto classificado