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Estratégia do Copom garante convergência da inflação à meta, aponta ata
Ata do Comitê de Política Monetária reforça manutenção da Selic em 15% e destaca cautela diante de cenário incerto.
O Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou nesta terça-feira (16) que a estratégia atual de manter a taxa Selic em 15% "por período bastante prolongado" é considerada adequada para garantir a convergência da inflação à meta estabelecida pelo Banco Central.
"O cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária", destacou o colegiado na ata da reunião de dezembro. O documento reforça a mensagem já divulgada no comunicado do encontro realizado na última quarta-feira (10).
O Copom reiterou que seguirá vigilante e que os próximos passos da política monetária poderão ser ajustados conforme necessário. O comitê enfatizou, ainda, que "não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado".
Assim como na ata anterior, o colegiado avaliou que a manutenção da Selic em 15% é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o entorno da meta ao longo do horizonte relevante. "Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego", ressaltou o texto.
O Copom repetiu as projeções para a inflação acumulada em 12 meses já apresentadas no comunicado anterior. As estimativas apontam alta de 4,4% em 2025, 3,5% em 2026 e 3,2% no segundo trimestre de 2027 — horizonte relevante para a política monetária. Todas as projeções permanecem acima do centro da meta, que é de 3,0%.
A trajetória considera a desaceleração dos preços livres, de 4,0% neste ano para 3,2% no horizonte relevante, e dos preços administrados, de 5,3% para 3,4% no mesmo período.
Todas as projeções partem do cenário de referência, com trajetória de juros extraída do relatório Focus (publicado em 8 de dezembro) e bandeira amarela de energia elétrica em dezembro de 2025 e 2026. A taxa de câmbio inicia em R$ 5,35 e evolui conforme a paridade do poder de compra (PPC). Os preços do petróleo seguem aproximadamente a curva futura por seis meses e, depois, sobem 2% ao ano.
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