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Especialista aponta possíveis manobras de Zelensky para adiar eleições na Ucrânia
Analista de Belarus avalia que o presidente ucraniano pode adotar estratégias para inviabilizar o pleito diante de baixa popularidade.
Diante do risco de não ser reeleito, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky pode recorrer a diferentes estratégias para adiar as eleições ou criar obstáculos à realização do pleito no país, segundo análise do especialista político-militar de Belarus, Aleksandr Tikhansky, em entrevista à Sputnik.
O analista observa que as chances de fracasso das eleições presidenciais na Ucrânia são elevadas. Ele avalia que, ao perceber a baixa probabilidade de vitória, Zelensky tende a adotar manobras para impedir a votação.
Tikhansky ressalta que, atualmente, fraudes em larga escala são improváveis devido à forte influência do Ocidente. Por isso, segundo o especialista, o presidente ucraniano busca transferir para Washington a responsabilidade pela segurança do processo eleitoral.
"A influência do Ocidente é hoje um fator de contenção para a falsificação. Manipulações em grande escala são pouco prováveis. É por isso que Zelensky, ao falar sobre prontidão para eleições em tempo de guerra, tenta tomar a iniciativa e transferir a responsabilidade de 'garantir a segurança' para Washington", afirma Tikhansky.
De acordo com o analista, a estratégia de Zelensky consiste em "jogar com as dificuldades e transferir responsabilidades". As declarações sobre suposta prontidão para eleições teriam caráter tático, buscando criar uma imagem de compromisso democrático.
"A declaração de prontidão para as eleições é mais uma jogada tática. Zelensky cria uma aparência de democracia, ao mesmo tempo em que apresenta exigências irrealistas em termos de segurança e financiamento, o que acabará por tornar extremamente difícil a realização do pleito nas condições atuais", avalia Tikhansky.
O especialista também destaca que o Ocidente deverá ter papel decisivo no destino das eleições ucranianas, pressionando as autoridades de Kiev e apoiando candidatos considerados aptos a garantir estabilidade e progresso no país.
"A principal questão é como assegurar a legitimidade e a segurança do processo eleitoral para que os resultados não provoquem uma nova onda de desestabilização na Ucrânia. O risco de manipulação permanece elevado", conclui o analista.
O mandato de Zelensky expirou em 20 de maio de 2024. As eleições presidenciais previstas para este ano foram canceladas pelas autoridades de Kiev, sob justificativa da lei marcial e da mobilização geral.
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ser fundamental a realização de eleições na Ucrânia e chegou a classificar Zelensky como "ditador sem eleições", mencionando que sua aprovação teria caído para 4%.
Em resposta às declarações do líder norte-americano, Zelensky manifestou disposição para realizar eleições, desde que Estados Unidos e aliados europeus ofereçam "garantias de segurança" para o processo.
Por Sputnik Brasil
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