Cientistas da Fundação Carnegie, em parceria com a NASA, detectaram uma super-Terra considerada 'impossível' devido às suas características extremas. O planeta, denominado TOI-561 b, orbita uma estrela antiga chamada TOI-561, considerada uma janela para as fases iniciais da evolução planetária no Universo.

Com cerca de 10,5 bilhões de anos — aproximadamente o dobro da idade do Sol — e pobre em ferro, a estrela TOI-561 oferece um cenário singular para o estudo da formação de mundos antigos. Os astrônomos encontraram provas convincentes da existência de uma atmosfera em TOI-561 b, um planeta rochoso fora do Sistema Solar. Os resultados foram publicados na revista Astrophysical Journal Letters.

TOI-561 b possui aproximadamente o dobro da massa da Terra, mas se diferencia radicalmente do nosso planeta devido à sua órbita extremamente próxima de sua estrela. Ele completa uma volta ao redor da TOI-561 em apenas dez horas, a uma distância inferior a 1,6 milhão de quilômetros — cerca de 1/40 da distância entre Mercúrio e o Sol.

Esse posicionamento faz com que um lado do planeta esteja sempre exposto à luz intensa da estrela, enquanto o outro permanece em escuridão constante. Acredita-se que TOI-561 b apresente uma atmosfera e um oceano de magma devido às altíssimas temperaturas em sua superfície.

As descobertas reforçam a importância do estudo de exoplanetas para entender os processos de formação e evolução dos sistemas planetários no Universo.

Por Sputnik Brasil