Susan Collins, presidente do Federal Reserve (Fed) de Boston, afirmou que segue preocupada com a persistência da inflação nos Estados Unidos, após cinco anos de preços elevados. "Considerando que a política monetária está na faixa mais baixa do que considero moderadamente restritiva, quero maior clareza sobre o panorama da inflação antes de ajustar mais os juros para garantir o retorno gradual da inflação à meta de 2%", escreveu Collins em publicação no LinkedIn.

A dirigente revelou ter apoiado o corte de juros de 25 pontos-base em dezembro, ao perceber uma mudança na balança de riscos com base nos dados disponíveis. No entanto, até novembro, sua inclinação era por manter as taxas inalteradas.

Collins avalia que os cenários de aumento da inflação tornaram-se menos prováveis, diante do declínio nas expectativas inflacionárias de longo prazo, de mudanças em políticas comerciais que reduziram tarifas efetivas e do enfraquecimento do mercado de trabalho. "Algumas evidências apontam para bolsões de fragilidade, especialmente entre pequenos negócios", observou.

"É importante para mim que o guidance do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) também reflita o comunicado, que antecede uma pausa nos cortes de juros", ressaltou Collins. "É claro, a política monetária não está em trajetória predeterminada".