Geral
Polícia aponta traição e uso de GPS clandestino em crime em motel de Arapiraca
Aparelho teria sido instalado sem consentimento no carro da esposa do militar e levado suspeito até o quarto onde o enfermeiro foi morto
A Polícia Civil de Alagoas revelou novos detalhes sobre o assassinato do enfermeiro Ítalo Fernando de Melo, de 33 anos, ocorrido na madrugada do último domingo (14), em um quarto de motel no município de Arapiraca, no Agreste alagoano. As informações foram repassadas pelo delegado Flávio Dutra e indicam que o crime teria sido motivado por uma relação extraconjugal e facilitado pelo uso de um aparelho de GPS instalado de forma clandestina no veículo da esposa do principal suspeito, um policial militar.
De acordo com o delegado, o equipamento de rastreamento — popularmente conhecido como “carrapato” — teria sido colocado sem o conhecimento da mulher, que também é enfermeira. O dispositivo permitiu que o suspeito localizasse com precisão o motel onde ela estava com a vítima. “Ela afirmou em depoimento que não tinha conhecimento da existência desse aparelho. A partir do sinal do GPS, o suposto autor chegou diretamente ao quarto e efetuou os disparos”, explicou Dutra.
As investigações apontam que Ítalo e a mulher do militar trabalhavam juntos como enfermeiros em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Arapiraca. Imagens do sistema de segurança mostram a chegada dos dois ao motel por volta das 21h43 do sábado (13), em um Jeep Renegade de cor vermelha, conduzido pela mulher. Cerca de duas horas e meia depois, o suspeito chegou ao local em uma motocicleta, percorreu os corredores do estabelecimento e foi diretamente ao quarto onde estavam.
Em depoimento, a mulher relatou que havia adormecido e acordou por volta da 1h da manhã com a entrada de um homem encapacitado, que efetuou diversos disparos de arma de fogo. Segundo ela, o autor afirmou que não tinha intenção de atingi-la, momento em que ela correu e se trancou no banheiro, saindo apenas após a fuga do suspeito.
O policial militar preso preferiu permanecer em silêncio durante o interrogatório, exercendo o direito constitucional. Ele foi conduzido à Central de Polícia de Arapiraca e, posteriormente, encaminhado à Penitenciária Militar, em Maceió.
A Polícia Civil informou ainda que não há, até o momento, registros de violência doméstica anteriores envolvendo o casal, embora o uso do GPS indique desconfiança prévia de traição. A investigação segue sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios da 4ª Região, que aguarda laudos periciais para confrontar as cápsulas encontradas no local do crime com a arma apreendida com o militar.
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