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Equinox Gold vende minas de ouro no Brasil para chinesa CMOC por US$ 1 bilhão
Transação inclui operações no Maranhão, Minas Gerais e Bahia; fechamento depende de aprovação de órgãos reguladores.
A Equinox Gold, mineradora canadense, anunciou a venda de suas minas de ouro no Brasil para o grupo chinês CMOC, em uma transação avaliada em US$ 1,015 bilhão. O acordo envolve a transferência de 100% das operações das minas Aurizona, no Maranhão, Riacho dos Machados, em Minas Gerais, e do Complexo Bahia.
Pelo contrato, a Equinox Gold receberá US$ 900 milhões em dinheiro no fechamento da operação, que ainda precisa do aval de órgãos reguladores brasileiros. Outros US$ 115 milhões serão pagos um ano depois do fechamento, sujeitos a ajustes e condições de produtividade, conforme comunicado oficial.
A expectativa é que a conclusão da venda ocorra no primeiro trimestre de 2026.
A negociação ocorre em meio a uma forte valorização do ouro no mercado internacional, impulsionada por incertezas geopolíticas e econômicas, que têm levado investidores a buscar segurança no metal. Nos últimos três anos, a demanda por ouro aumentou, especialmente devido às compras de bancos centrais, com destaque para a China. Desde 2023, o preço do ouro subiu mais de 60%, e neste ano a onça-troy ultrapassou, pela primeira vez, a marca de US$ 4 mil.
Com a alta do ouro, bancos de investimento e escritórios de advocacia relatam aumento no interesse de compradores estrangeiros por minas no Brasil e em outros países. Recentemente, uma mina na Argentina também foi colocada à venda.
Segundo a Equinox Gold, os recursos obtidos com a venda serão utilizados para quitar dívidas, incluindo US$ 500 milhões referentes a um empréstimo e outros US$ 300 milhões. Após a operação, a empresa concentrará suas atividades no Canadá, Califórnia e Nicarágua.
Na transação, a Equinox Gold contou com assessoria do banco BMO Capital Markets e dos escritórios Blake, Cassels & Graydon e Veirano Advogados. Já a CMOC foi assessorada pela Canaccord Genuity Corp e pelos escritórios McCarthy Tétrault e Mattos Filho.
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