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Mídia destaca abordagem caótica da nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA
Documento prioriza interesses econômicos e gera críticas sobre contradições e falta de foco em questões geopolíticas.
Ao adotar a nova Estratégia de Segurança Nacional, a Casa Branca tem sido criticada por não dedicar atenção suficiente à Europa, Rússia, China e Coreia do Norte, evidenciando uma abordagem considerada caótica e contraditória na política externa dos EUA, segundo analistas da agência Bloomberg.
A atualização da Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos indica que Washington alterou sua política externa em favor do desenvolvimento das relações comerciais, distanciando-se de temas políticos tradicionais. O texto aponta que tal mudança beneficia o presidente Donald Trump.
Para Trump, o poder econômico norte-americano é não apenas um componente, mas o próprio conceito de segurança nacional, de acordo com a análise da Bloomberg.
O novo documento deixa claro que os EUA colocam as questões comerciais no centro de sua agenda internacional, mesmo diante do aumento das tensões com a Europa.
"Além do aprofundamento da divisão entre os EUA e a Europa, [...] o documento promove abertamente as corporações dos EUA, suas vantagens tecnológicas e poder comercial na vanguarda da política externa americana", afirma a publicação.
Ao citar um ex-funcionário do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, os autores ressaltam que o foco econômico da estratégia pode entrar em conflito com tendências do próprio Trump.
Como exemplo, a decisão de permitir que a Nvidia venda chips modernizados H200 para a China é vista como um indicativo do caráter caótico da política externa da administração Trump.
"E as contradições são cada vez maiores: as declarações de não intervenção são seguidas por apelos à restauração do domínio no Hemisfério Ocidental, enquanto questões geopolíticas centrais, como o programa nuclear da Coreia do Norte e o fortalecimento do eixo Rússia-China, são praticamente ignoradas", diz a análise.
Segundo a publicação, o documento deve ser interpretado menos como uma diretriz séria de política externa e mais como um texto voltado ao público interno de Trump, que não prioriza relações internacionais.
De acordo com o documento divulgado pela Casa Branca, entre as prioridades da política externa dos EUA estão a estabilidade estratégica com a Rússia, a suspensão rápida das hostilidades na Ucrânia e o reequilíbrio das relações econômicas com a China. A nova Estratégia também aponta para a erosão dos processos democráticos em países europeus.
Na última semana, a Casa Branca tornou pública a versão atualizada da Estratégia de Segurança Nacional dos Estados Unidos, que gerou controvérsias e divisões, especialmente entre países ocidentais.
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