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Dólar recua após declarações sobre o Fed e expectativa por ata do Copom

Moeda americana acompanha cenário internacional e indicadores nacionais, enquanto investidores aguardam decisões econômicas no Brasil e no exterior.

15/12/2025
Dólar recua após declarações sobre o Fed e expectativa por ata do Copom
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

O dólar opera em queda no mercado à vista na manhã desta segunda-feira (15), refletindo a fraqueza da moeda americana e a baixa nos rendimentos dos Treasuries. O movimento ocorre após declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do diretor do Conselho Econômico Nacional, Kevin Hassett, que reforçaram a percepção de influência política sobre o Federal Reserve (Fed).

No radar dos investidores para os próximos dias estão a divulgação da ata do Copom e dados de emprego dos Estados Unidos, ambos previstos para amanhã. Na quinta-feira (18), o foco se volta para a inflação ao consumidor norte-americano e decisões dos bancos centrais europeu (BCE) e inglês (BOE).

No cenário doméstico, investidores analisam a prévia do PIB brasileiro. O IBC-Br recuou 0,25% em outubro ante setembro, na série com ajuste sazonal, frustrando a expectativa do mercado, que projetava alta de 0,10%. Em relação a outubro de 2024, o índice subiu 0,38%, sem ajuste sazonal.

O Boletim Focus mostrou leve recuo nas projeções para a inflação: a estimativa suavizada do IPCA em 12 meses passou de 4,05% para 4,04%. Para 2025, a mediana do IPCA caiu de 4,40% para 4,36%, mantendo-se abaixo do teto da meta, e para 2026, de 4,16% para 4,10%.

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-10) subiu 0,04% em dezembro, desacelerando frente a novembro (0,18%) e em linha com as expectativas, refletindo o arrefecimento das pressões inflacionárias.

Mais de 29 mil clientes seguem sem energia elétrica na área de concessão da Enel, em São Paulo, nesta segunda-feira, sendo 18,6 mil apenas na capital.

No domingo (14), diversas cidades brasileiras, como Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, registraram protestos contra o chamado PL da Dosimetria, a anistia, o Congresso e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Motta convocou reunião de líderes da Casa para esta segunda-feira, às 16h.

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou que o projeto que reduz penas de Jair Bolsonaro e outros condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro pode ser votado ainda neste ano. O relator na CCJ, Esperidião Amin (PP-SC), informou que entregará seu parecer na quarta-feira e defende anistia total.

A Câmara também pode votar o projeto que prevê corte linear em benefícios e incentivos fiscais concedidos pelo governo, medida considerada essencial para viabilizar o Orçamento de 2026, que precisa ser votado ainda neste ano.