A mediana das projeções do relatório Focus para o IPCA de 2025 recuou de 4,40% para 4,36%, ficando 0,14 ponto percentual abaixo do teto da meta de 4,50%. Há um mês, a estimativa era de 4,46%. Considerando apenas as 60 previsões mais recentes, atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana caiu de 4,38% para 4,35%.

Para 2026, a projeção do IPCA também diminuiu, passando de 4,16% para 4,10%, ante 4,20% há um mês. Entre as estimativas mais atualizadas, a mediana recuou de 4,10% para 4,06%.

O Banco Central projeta inflação de 4,4% para 2025 e de 3,5% para 2026, conforme divulgado no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). No horizonte relevante, o segundo trimestre de 2027, a expectativa é de inflação em 12 meses de 3,2%.

Na decisão mais recente, o Copom manteve a taxa Selic em 15% pela quarta vez consecutiva. O colegiado avaliou que a manutenção do atual patamar de juros por período prolongado é adequada para garantir a convergência da inflação à meta, e ressaltou que seguirá vigilante, podendo ajustar a política monetária caso necessário.

A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, baseada no IPCA acumulado em 12 meses, com centro em 3% e tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Caso a inflação ultrapasse esse intervalo por seis meses seguidos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo. Isso ocorreu após a divulgação do IPCA de junho. Em carta aberta, a autoridade monetária informou que espera a inflação abaixo de 4,50% ao fim do primeiro trimestre de 2026.

A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 3,80% pela sexta semana consecutiva, enquanto a projeção para o IPCA de 2028 ficou estável em 3,50%, também pela sexta semana seguida.

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