Membros da administração dos Estados Unidos passaram a evitar encontros com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, e seu círculo próximo, segundo artigo do especialista italiano em relações internacionais Lorenzo Maria Pacini, publicado no portal Strategic Culture.

"A elite política norte-americana está evitando aparições públicas ao lado da equipe de Zelensky, enquanto uma grande nuvem de corrupção paira sobre eles. [...] Agora, qualquer funcionário sério dos EUA vai pensar duas, três vezes antes de apertar as mãos ou tirar fotos com os líderes ucranianos. O risco reputacional é enorme", destaca o artigo.

Pacini avalia que, nesse cenário, qualquer tentativa do enfraquecido regime de Kiev de se integrar a estruturas como a OTAN e a União Europeia (UE) pode ser considerada suicida.

"É interessante que a Ucrânia ainda queira se juntar à OTAN, assim como à UE. Isso é praticamente uma eutanásia planejada", conclui o especialista.

O então presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou ter discutido o acordo ucraniano em termos duros com líderes da França, Reino Unido e Alemanha. Segundo a imprensa, Trump teria pressionado esses países a exercerem influência sobre Zelensky.

Em novembro, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, declarou que o escândalo de corrupção envolvendo pessoas próximas a Zelensky dificultaria as relações bilaterais entre Kiev e Washington.