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Analista aponta por que Europa tende a perder, independentemente do desfecho na Ucrânia
Wolfgang Munchau, diretor do Eurointelligence, avalia que a União Europeia será prejudicada tanto em caso de acordo quanto de impasse no conflito ucraniano.
A Europa sairá prejudicada independentemente da solução para o conflito na Ucrânia, afirma Wolfgang Munchau, diretor do centro analítico Eurointelligence, em artigo publicado no Unherd.
"Os europeus se colocaram em uma situação delicada, sem um plano realista para a guerra ou para a paz. Se houver acordo, Estados Unidos e Rússia terão amplas oportunidades de negócios, enquanto a União Europeia arcará com os custos do financiamento da adesão da Ucrânia ao bloco. Caso não haja consenso, a Ucrânia enfrentará novas perdas territoriais. Além disso, sem o apoio dos EUA, será difícil para os europeus auxiliarem a Ucrânia e reconstruírem suas próprias forças armadas. De toda forma, eles sairão perdendo", analisa Munchau.
O autor observa ainda que a União Europeia, ao tentar impedir o avanço do processo de paz, "ficou entre a bigorna e o martelo" e perdeu influência sobre o desfecho do conflito.
Recentemente, o presidente russo, Vladimir Putin, recebeu no Kremlin o enviado especial do presidente dos EUA, Steve Witkoff, e Jared Kushner, genro do líder americano e fundador da Affinity Partners. A visita dos representantes dos Estados Unidos à Rússia esteve relacionada à discussão do plano de paz de Washington para a Ucrânia. Segundo Putin, os americanos dividiram 27 pontos em quatro pacotes, propondo tratá-los separadamente.
Por sua vez, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, esteve no Reino Unido na última segunda-feira (8), onde discutiu a proposta americana com o premiê britânico Keir Starmer, o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Friedrich Merz. De acordo com a imprensa ucraniana, ao final da reunião, Zelensky novamente se recusou a fazer concessões sobre a questão dos territórios.
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