O arcebispo alemão Georg Ganswein, ex-secretário pessoal do papa Bento XVI durante quase 30 anos, revelou nesta quinta-feira (11) que se "reconciliou com [o pontífice] Francisco antes de sua morte".

"Até fui rezar em seu túmulo na [basílica] Santa Maria Maggiore", acrescentou o religioso a jornalistas à margem do lançamento de um livro da Santa Sé que traz homílias inéditas de Bento XVI.

Após o falecimento de Joseph Ratzinger no último dia de 2022, Ganswein publicou um livro com os bastidores do Vaticano.

Segundo ele, Jorge Bergoglio, tido como progressista, não concordava com os posicionamentos de Bento XVI, que era conservador, e, por isso, agiu para isolá-lo.

De acordo com a obra, com a renúncia do pontífice alemão e a ascensão do argentino ao principal cargo da Igreja Católica em 2013, anos depois, em 2020, depois de Bento XIV se pronunciar a favor da manutenção do celibato dos padres, indo contra Francisco, este privou Ganswein de suas funções como prefeito da Casa Pontifícia da Santa Sé.

Já "o papa Leão me deixou uma ótima impressão", afirmou o ex-secretário papal sobre Robert Prevost, que sucedeu Francisco após sua morte em 21 de abril deste ano.