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Homem que atropelou e arrastou mulher em SP vira réu por tentativas de homicídio e feminicídio
Douglas Alves da Silva responderá por tentativa de feminicídio e homicídio após atropelar e arrastar Tainara Souza Santos, que teve as pernas amputadas.
Douglas Alves da Silva, de 26 anos, tornou-se réu por tentativa de feminicídio e tentativa de homicídio após atropelar e arrastar Tainara Souza Santos, de 31 anos, por cerca de um quilômetro na Marginal Tietê, em São Paulo. A denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) foi aceita pela 2ª Vara do Tribunal do Júri da Capital na última quarta-feira, 10.
A vítima teve as duas pernas amputadas em decorrência do atropelamento. Segundo a denúncia, Douglas já teria mantido um relacionamento com Tainara. Procurado pelo Estadão, o advogado de defesa, Marcos Leal, afirmou que seu cliente confessou o atropelamento, mas nega qualquer envolvimento anterior com a vítima. O defensor não comentou a aceitação da denúncia.
De acordo com a investigação, o réu lançou o carro contra Tainara e um homem que a acompanhava. O homem conseguiu se esquivar, mas Tainara foi atingida e arrastada. O Ministério Público sustentou que os elementos do inquérito comprovam os crimes e há indícios suficientes de autoria.
A acusação aponta que Douglas agiu por motivo torpe, dificultando a defesa das vítimas e empregando meio cruel. No caso de Tainara, as qualificadoras incluem tentativa de feminicídio, praticada em contexto de violência doméstica e familiar.
No dia seguinte ao crime, Douglas tentou fugir e resistiu à abordagem policial em um hotel onde estava escondido. A Justiça manteve sua prisão cautelar, considerando a gravidade dos fatos, o comportamento após o crime e a necessidade de proteção das vítimas e testemunhas.
Atropelamento
Testemunhas relataram que o crime ocorreu após uma discussão motivada por ciúmes, em 29 de novembro, um sábado. Segundo os advogados da família de Tainara, Wilson Zaska e Fabio Costa, a jovem estava em um bar na Avenida Tenente Amaro Felicíssimo da Silveira, na Vila Maria, quando o suspeito iniciou uma briga com um homem que a acompanhava.
Imagens de câmeras de segurança mostram Tainara e Douglas discutindo na rua, já fora do bar. Momentos depois, Douglas entra em um carro preto, acelera e atropela a mulher, que fica presa sob o veículo. Em seguida, ele segue pela Marginal Tietê com a vítima sendo arrastada. Um segundo vídeo obtido pelo Estadão registra o carro trafegando com Tainara ainda presa.
A vítima só se desprendeu do veículo após o suspeito passar pela calçada de um posto de gasolina, a cerca de um quilômetro do local inicial. Ela foi socorrida por testemunhas e levada em estado grave ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli. Tainara, mãe de duas crianças, precisou amputar as duas pernas devido à gravidade dos ferimentos.
A defesa de Douglas sustenta que ele não conhecia a vítima e que teria tentado atingir um homem com quem brigou no bar, após suposta ameaça de morte. Já os advogados da família afirmam que Douglas e Tainara tiveram um breve relacionamento no passado.
Um amigo de Douglas, que estava no carro, relatou em depoimento que, após o atropelamento, Douglas acelerou o veículo com o freio de mão puxado para aumentar a pressão do carro sobre o corpo de Tainara.
Douglas foi preso um dia após o crime em um hotel na zona leste da capital. Segundo a polícia, ele reagiu à abordagem, foi baleado no braço e detido em seguida. As investigações indicam que Douglas planejava fugir para o Ceará, onde moram seus pais.
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