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Lula afirma a Trump que América Latina é zona de paz

Presidente brasileiro critica unilateralismo dos EUA e defende diálogo diplomático sobre crise com Venezuela

11/12/2025
Lula afirma a Trump que América Latina é zona de paz
Lula destaca postura de paz da América Latina em conversa com Trump sobre crise com a Venezuela.

Diante da crescente tensão entre Estados Unidos e Venezuela, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou, nesta quinta-feira (11), a postura de "unilateralismo" do governo norte-americano, referindo-se ao que classificou como a "lei do mais forte".

Durante discurso em Belo Horizonte, no lançamento da caravana federativa em Minas Gerais, Lula relatou conversas recentes com o ex-presidente Donald Trump sobre a crise envolvendo a Venezuela.

“O unilateralismo que o presidente (Donald) Trump deseja é que aquele mais forte determine o que os outros vão fazer. É sempre a lei do mais forte”, lamentou Lula.

Lula disse que falou “muito” com o norte-americano e manifestou contrariedade com a crise com a Venezuela.

“Eu falei ao Trump que nós não queremos guerra na América Latina. Nós somos uma zona de paz”, ressaltou.

O presidente brasileiro relatou que Trump destacou o poder bélico dos Estados Unidos, mas Lula reforçou sua crença no poder do diálogo. “Acredito mais no poder da palavra do que no da arma”, afirmou.

Lula destacou ainda a importância das vias diplomáticas para a resolução de conflitos. “Vamos tentar utilizar a palavra como instrumento de convencimento, de persuasão, para a gente fazer as coisas certas. Vamos acreditar que a palavra, diplomaticamente, é a coisa mais forte para resolver os problemas”, defendeu.

Os dois presidentes também conversaram por telefone no início do mês sobre as negociações para retirada da sobretaxa imposta pelo governo norte-americano a produtos brasileiros. Leia mais.

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Nesta quarta-feira (10), o governo da Venezuela classificou a apreensão de um petroleiro do país por militares dos Estados Unidos como "roubo descarado" e ato de pirataria.

O navio, com cerca de 1,1 milhão de barris de petróleo, foi tomado pelos EUA em águas internacionais. "A política de agressão contra nosso país responde a um plano deliberado de saque de nossas riquezas energéticas", afirmou nota do governo de Nicolás Maduro.