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Petróleo fecha em queda após revisão de demanda e dados dos EUA
Mesmo com projeções de demanda elevadas pela Opep e AIE, preços recuam diante de indicadores econômicos e tensões geopolíticas.
Os contratos futuros do petróleo encerraram esta quinta-feira, 11, em queda, apesar do dólar enfraquecido e do aumento nas projeções de demanda feitas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e pela Agência Internacional de Energia (AIE). O mercado segue atento aos desdobramentos das tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Venezuela, além das perspectivas de resolução do conflito entre Rússia e Ucrânia.
O petróleo WTI para janeiro, negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex), finalizou com baixa de 1,47% (US$ 0,86), cotado a US$ 57,60 o barril. Já o Brent para fevereiro, negociado na Intercontinental Exchange de Londres (ICE), registrou queda de 1,49% (US$ 0,93), a US$ 61,28 o barril.
Os preços da commodity já iniciaram o pregão em baixa, enquanto investidores avaliavam a proposta de paz apresentada pela Ucrânia, sem o suporte do dólar, que recuou após o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) cortar as taxas de juros na véspera.
Durante a sessão, as perdas do petróleo se intensificaram após dados dos Estados Unidos mostrarem um aumento acima do esperado nos pedidos de auxílio-desemprego, além de importações abaixo do previsto na balança comercial americana.
O movimento ocorreu mesmo diante da elevação das projeções para a demanda global de petróleo em 2025 e 2026 pela Opep e pela AIE, além da manutenção da previsão de oferta do cartel para o próximo ano e revisão para baixo no cenário da agência internacional. Em comunicado, a Investec destacou que persistem preocupações quanto à sobreoferta, mas ressaltou que "há considerável incerteza sobre a escala desse excedente".
Sobre o equilíbrio da balança comercial, o Wall Street Journal citou dados da Vortexa indicando que há 1,4 bilhão de barris da commodity a caminho de portos e ainda sem comprador. Esse volume representa um aumento de 24% em relação ao mesmo período entre 2016 e 2024.
Em paralelo, investidores do setor de energia acompanham o aumento das tensões entre EUA e Venezuela após a apreensão de um navio petroleiro. Em resposta, o governo venezuelano classificou a ação como "ato de pirataria internacional" e "roubo descarado".
Com informações de Dow Jones Newswires
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