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Ouro sobe 2% e prata dispara quase 6% com dólar em baixa e busca por proteção
Metais preciosos avançam diante do enfraquecimento do dólar, corte de juros nos EUA e aumento da demanda por segurança.
O ouro e a prata encerraram o pregão desta quinta-feira, 11, com fortes altas, impulsionados pelo enfraquecimento do dólar no exterior e pela busca dos investidores por ativos de proteção. A prata renovou seu recorde histórico, enquanto ações de tecnologia em Nova York registraram forte queda, após resultados decepcionantes da Oracle aumentarem as incertezas sobre o setor de inteligência artificial.
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para fevereiro fechou em alta de 2,09%, cotado a US$ 4.313,00 por onça-troy. Já a prata para março disparou 5,84%, atingindo US$ 64,592 por onça-troy.
A demanda por ativos considerados seguros foi intensificada pela derrocada das ações de tecnologia, após balanço negativo da Oracle alimentar preocupações sobre os ganhos futuros com inteligência artificial, diante dos elevados custos do setor.
Outro fator de influência foi a decisão do Federal Reserve (Fed), na quarta-feira, de cortar os juros em 25 pontos-base. Segundo Vivek Dhar, analista da consultoria CBA, as reduções nas taxas de juros dos EUA "provaram ser um poderoso impulso cíclico para os preços dos metais preciosos este ano". Ele destaca que cortes de juros "geralmente aumentam o apelo do ouro em relação aos ativos que rendem juros".
O recuo nos rendimentos dos Treasuries e do dólar também favoreceu o ouro e a prata, especialmente após novos sinais de aumento nas demissões nos Estados Unidos. Os pedidos semanais de seguro-desemprego cresceram mais do que o esperado, chegando a 236 mil, ante um valor revisado para cima de 192 mil. O déficit comercial norte-americano em setembro foi menor do que o previsto, totalizando US$ 52,8 bilhões.
De acordo com o banco MUFG, ouro e prata caminham para seu melhor desempenho anual desde 1979, com o ouro acumulando alta superior a 60% e a prata mais que dobrando de valor. O movimento é impulsionado pela forte demanda dos bancos centrais, aumento dos fluxos em ETFs e pela migração de investidores dos títulos soberanos e moedas para os metais.
Com informações da Dow Jones Newswires
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