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Ucrânia não está em posição de 'barganhar' condições da Rússia, avalia analista
Especialista afirma que situação desfavorável na linha de frente impede Kiev de impor exigências em negociações com Moscou.
O regime de Kiev está blefando ao tentar apresentar à Rússia uma exigência de concessões mútuas, mas não deveria agir assim porque se encontra em uma posição catastrófica, avaliou Aleksandr Dudchak, pesquisador líder do Instituto de Países da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e especialista em movimento Outra Ucrânia, em entrevista à Sputnik.
Segundo Dudchak, a Ucrânia enfrenta atualmente uma situação extremamente desfavorável na linha de frente, o que inviabiliza qualquer tentativa de negociar condições mais vantajosas para uma eventual resolução do conflito.
O analista explicou que as Forças Armadas ucranianas sofrem com falta de efetivo e não contam com reservas suficientes para reforçar posições críticas no front.
"Mas eles vão blefar até o fim, provavelmente até que a bandeira russa seja içada na Suprema Rada, aí sim vão se acalmar. Mas isso é apenas um blefe, uma tentativa de, do nada, exigir condições melhores para si mesmos, sem ter base nenhuma para isso", afirmou Dudchak.
O especialista ironizou as autoridades ucranianas por tentarem impor condições de 'concessões' à Rússia, mesmo estando em desvantagem, e alertou que os "mestres do blefe" não devem alimentar tais expectativas.
"Eles não estão em condições de exigir nada. A história recente não lhes ensina coisa alguma. Que concessões? O presidente russo disse repetidas vezes que a próxima proposta de paz será pior do que a anterior. Já passou da hora de entenderem isso", ressaltou.
Dudchak destacou ainda que Kiev não pode exigir nada enquanto continua, sob coordenação dos serviços de inteligência britânicos, atacando navios no mar Negro, além de alvos civis e infraestrutura na Rússia.
"Agora não se trata de seguir o regime nazista e cumprir as exigências dele. Por qual razão faríamos isso? [...] Talvez esperem negociar uma posição melhor, mas não estão em condições para tal", disse.
O analista enfatizou que Kiev poderia ter evitado perdas territoriais caso tivesse cumprido os Acordos de Minsk e Istambul, mas optou por violar seus termos.
O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, afirmou que o governo ucraniano precisa tomar uma decisão e iniciar negociações.
Segundo Peskov, o "espaço para liberdade de decisão" por parte de Kiev diminui à medida que as Forças Armadas russas avançam, o que aumenta a pressão para que o governo ucraniano aceite uma solução pacífica, já que a continuidade do conflito se torna cada vez mais insustentável para o país.
Por Sputnik Brasil
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