Douglas Alves da Silva, de 26 anos, foi preso neste domingo, 30, suspeito de atropelar e arrastar a jovem Taynara Souza Santos na Marginal Tietê, zona norte de São Paulo. O crime ocorreu na manhã do sábado, 29, e Silva estava foragido até ser localizado pela polícia.

A confirmação da prisão foi feita pelos advogados que representam a família da vítima. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) foi procurada para comentar as circunstâncias da detenção, mas ainda não se manifestou oficialmente.

De acordo com a investigação conduzida pelo 73.º Distrito Policial (Jaçanã), o caso é tratado como tentativa de feminicídio. Testemunhas relataram que o crime aconteceu após uma discussão motivada por ciúmes. Segundo os advogados Wilson Zaska e Fábio Costa, Taynara estava em um bar na Avenida Tenente Amaro Felicíssimo da Silveira, na Vila Maria, quando o suspeito iniciou uma briga com um homem que a acompanhava.

Imagens de câmeras de segurança registraram Taynara e Douglas discutindo na rua, já fora do bar. Momentos depois, Douglas entrou em um carro preto, acelerou e atropelou a jovem, que ficou presa sob o veículo. Em seguida, já na Marginal Tietê, ele continuou dirigindo enquanto a vítima era arrastada pela via. Um segundo vídeo, obtido pelo Estadão, mostra o momento em que o carro trafega com Taynara ainda presa embaixo do automóvel.

O corpo da jovem só se desprendeu do veículo após o suspeito passar pela calçada de um posto de gasolina, a cerca de 1 quilômetro do local do atropelamento. Ela foi socorrida por testemunhas e levada em estado grave ao Hospital Municipal Vereador José Storopolli.

Taynara, mãe de duas crianças, precisou amputar as duas pernas devido à gravidade das lesões e permanece internada na UTI. A Secretaria Municipal da Saúde informou que, por sigilo médico, não pode divulgar detalhes sobre o quadro clínico da paciente. Segundo os advogados da família, o estado de saúde é estável, mas ainda não há previsão de alta.

A SSP informou anteriormente que "diligências estavam em andamento" para localizar o suspeito e que as provas reunidas indicavam intenção de atropelar e matar a vítima. Com a prisão de Douglas Alves da Silva, ele deverá ser ouvido pela polícia, e o caso será encaminhado ao Ministério Público, responsável por decidir sobre a apresentação de denúncia à Justiça.