Geral

Humorista de “A Praça é Nossa” é condenado a 18 anos por abuso sexual contra filha de 7 anos

Cristiano Pereira da Silva, conhecido pelo personagem Jorge Borracheiro, segue em liberdade e deve recorrer da decisão; SBT diz não ter sido informado sobre o caso

Redação 27/09/2025
Humorista de “A Praça é Nossa” é condenado a 18 anos por abuso sexual contra filha de 7 anos
- Foto: Reprodução/SBT

O humorista Cristiano Pereira da Silva, conhecido por interpretar o personagem Jorge Borracheiro no programa “A Praça é Nossa”, foi condenado a 18 anos e 2 meses de prisão pelo crime de abuso sexual contra a própria filha, de 7 anos. A decisão foi proferida pela 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), na última quinta-feira (25).

Segundo informações do portal Leo Dias, o processo tramita em segredo de justiça na 6ª Vara de Família de Porto Alegre, onde também corre uma ação de guarda da criança. A Justiça determinou que o convívio entre pai e filha ocorra apenas de forma assistida.

A acusação teve início após a mãe da criança, que mantinha relação de amizade com o humorista, perceber sinais de abuso após uma das visitas paternas. Ela acionou a polícia imediatamente, registrou boletim de ocorrência e levou a filha para realizar exame de corpo de delito. A defesa de Cristiano nega o crime e alega que a mãe pratica alienação parental.

Em entrevista, a advogada da vítima, Aline Rübenich, afirmou que Cristiano nunca reconheceu formalmente a filha e não mantinha convivência regular. O contato entre pai e filha teria sido iniciado por insistência da mãe.

A condenação repercutiu no meio artístico. O apresentador Carlos Alberto de Nóbrega, que comanda “A Praça é Nossa”, disse ao jornalista Leo Dias que trabalhava com Cristiano há dois anos e que recebeu a notícia com surpresa. Segundo ele, o humorista chegou a pedir afastamento por “problemas pessoais graves”, mas retornou às gravações dias depois.

O humorista ainda segue em liberdade até o trânsito em julgado da sentença. Em nota, o SBT afirmou não ter sido notificado oficialmente sobre a decisão judicial.