Finanças

Haddad defende manutenção do arcabouço fiscal em 2027 e admite discutir parâmetros

O arcabouço fiscal permite que as despesas cresçam até 2,5% acima da inflação ao ano, conforme a arrecadação.

Agência O Globo - 18/12/2025
Haddad defende manutenção do arcabouço fiscal em 2027 e admite discutir parâmetros
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Foto: Reprodução / Instagram

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (21) que defende a continuidade do arcabouço fiscal em um próximo governo, mas reconheceu a possibilidade de discutir seus parâmetros, de acordo com o cenário econômico e o perfil do futuro presidente.

“A arquitetura do arcabouço fiscal eu manteria. Aí você pode discutir os parâmetros. ‘Vou manter o arcabouço, mas vou apertar mais, vou apertar menos’. À luz da evolução fiscal, é uma coisa que, na minha opinião, vai acontecer”, declarou Haddad, ressaltando ser contrário a propostas como o teto de dívida. Ele acrescentou que ainda não tratou do tema com o presidente Lula.

O arcabouço fiscal estabelece que as despesas públicas podem crescer até 2,5% acima da inflação todos os anos, condicionadas ao desempenho da arrecadação federal.

Segundo Haddad, o presidente Lula demonstra satisfação com os resultados econômicos obtidos pela equipe econômica, o que indica que não há expectativa de mudanças bruscas na condução da política fiscal.

Durante a entrevista coletiva de fim de ano, o ministro também destacou avanços nas medidas de arrecadação e abriu a possibilidade de ajustes em tributos, como o imposto de importação e o IOF sobre criptomoedas. No entanto, Haddad afirmou que não há previsão de alterações estruturais, exceto pela proposta do Imposto Seletivo, prevista na reforma tributária.

Para ampliar a arrecadação, Haddad mencionou ainda a possibilidade de novas transações tributárias, que não estão incluídas nas projeções do governo para 2026.