O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou pela primeira vez que deve deixar o cargo até fevereiro. A data exata da saída será definida após o retorno de suas férias, em 11 de janeiro, quando pretende conversar com o presidente Lula sobre o assunto.

— Eu acredito que é antes do prazo de desincompatibilização (abril). Seria bom que alguém pudesse tomar as rédeas aqui, porque você tem o decreto de execução orçamentária, tem a preparação da LDO, uma série de providências a serem tomadas — declarou Haddad a jornalistas.

O ministro ressaltou que não deseja causar “constrangimento” ao presidente Lula e, por isso, evitou comentar se tem defendido o nome de seu secretário-executivo, Dario Durigan, como possível sucessor.

— Eu sou uma pessoa que não despacho sozinho. Eu gosto de promover as pessoas que trabalham comigo. Eu as levo comigo para todo canto, porque acho que elas são melhores do que eu. Então, tenho orgulho, todo mundo sabe, das pessoas que trabalham aqui. Levo eles para os despachos todos, porque quero que o presidente os conheça — afirmou Haddad, destacando que seus secretários frequentemente o substituem em reuniões.

Planos para 2026

Em entrevista ao jornal EXTRA na última semana, Haddad revelou que conversou com Lula sobre seus planos para 2026. Ele afirmou que não pretende ser candidato no próximo ano, mas gostaria de colaborar com a campanha à reeleição do presidente. Segundo o ministro, Lula reagiu de forma “muito amigável” e disse que respeitaria qualquer decisão de Haddad.

No entanto, o PT insiste para que Haddad dispute um cargo majoritário em São Paulo, seja para o Senado ou para o governo do Estado.

O nome de Geraldo Alckmin também é cogitado pelo partido para concorrer ao governo ou ao Senado por São Paulo. Ex-governador por quatro mandatos, Alckmin mantém boa relação com prefeitos do interior paulista.