Finanças
Correios enviam minuta de contrato para empréstimo de R$ 12 bilhões ao Tesouro
União deve atuar como garantidora da operação de crédito
Os Correios encaminharam, nesta segunda-feira (15), a minuta do contrato de empréstimo de R$ 12 bilhões ao Tesouro Nacional, que será o avalista da operação. De acordo com fontes próximas às negociações, o valor será liberado em três parcelas, com prazo de pagamento de 15 anos após o período de carência.
A proposta prevê a liberação de R$ 6 bilhões ainda em 2024, com o restante previsto para 2026. O início dos pagamentos pela autarquia está programado para daqui a três anos, e os juros acordados correspondem a 115% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) ao ano, índice de referência para empréstimos entre bancos e próximo à taxa Selic.
O financiamento será realizado por cinco grandes bancos: Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander. A expectativa é de que o Tesouro Nacional aprove a operação, já que as negociações foram conduzidas em conjunto.
Além disso, a taxa de juros ficou abaixo do parâmetro usualmente adotado pelo Tesouro em operações com garantia da União. Após a aprovação, o Conselho de Administração dos Correios deverá autorizar a contratação do empréstimo.
O socorro financeiro está condicionado à implementação de um plano de reestruturação da estatal, que inclui medidas de redução de custos e aumento de receitas, com o objetivo de restabelecer a lucratividade dos Correios até 2027.
Entre as ações previstas, estão o desligamento de 15 mil funcionários por meio de um plano de demissão voluntária (PDV) — 10 mil em 2026 e 5 mil em 2027 — e o fechamento de mil unidades. No campo das receitas, a estatal planeja firmar parcerias com o setor privado para diversificar e ampliar os serviços oferecidos.
Em uma rodada anterior de negociações, um consórcio formado por Citibank, BTG Pactual, ABC Brasil, Banco do Brasil e Safra propôs juros de 136% do CDI para um empréstimo de R$ 20 bilhões, oferta que foi recusada pelo Tesouro por exceder o padrão de 120% do CDI em operações com aval da União.
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