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Motorista que atropelou torcedores do Liverpool é condenado a 21 anos de prisão

Paul Doyle foi condenado após atropelar mais de 130 pessoas durante comemoração do título da Premier League em Liverpool.

16/12/2025
Motorista que atropelou torcedores do Liverpool é condenado a 21 anos de prisão
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

O motorista Paul Doyle foi condenado nesta terça-feira a mais de 21 anos de prisão após atropelar mais de 130 torcedores do Liverpool durante a celebração do título da Premier League, em 26 de maio. O episódio de violência durou cerca de dois minutos e só terminou quando um pedestre conseguiu entrar na minivan e forçou Doyle a parar o veículo, que ficou imobilizado sobre as vítimas.

"Você atingiu pessoas de frente, jogou outras sobre o capô, passou por cima de membros, esmagou carrinhos de bebê e obrigou as pessoas próximas a se dispersarem em pânico", afirmou o juiz Andrew Menary, durante a sentença no Tribunal da Coroa de Liverpool. "Você avançou em alta velocidade e por uma distância considerável, derrubando pessoas violentamente ou simplesmente passando por cima delas, uma após a outra."

Segundo os promotores, Doyle ficou furioso por não conseguir chegar a tempo para buscar amigos após o desfile. Durante o julgamento, ele chorou ao ouvir depoimentos emocionados de dezenas de vítimas e assistir a imagens explícitas do crime.

Doyle se declarou culpado no mês passado de 31 acusações, incluindo direção perigosa, tentativa de lesão corporal grave e lesão corporal intencional. Imagens da câmera do painel do carro mostraram pessoas tentando se proteger, sendo arremessadas ou escorregando para debaixo do veículo.

Muitos presentes temeram um ataque terrorista, mas o promotor Paul Greaney explicou que o caso era "tão simples quanto as consequências foram terríveis": “Ele era um homem enfurecido, cuja raiva o dominou completamente.”

As gravações flagraram Doyle xingando pedestres, buzinando insistentemente e gritando palavrões enquanto ordenava: "saiam da frente, saiam da frente, saiam da frente".

Um promotor leu depoimentos de vítimas que ainda se recuperam de ferimentos físicos ou enfrentam traumas emocionais. Doyle alegou à polícia que entrou em pânico quando a multidão bateu em seu carro, mas o juiz considerou essa versão "demonstradamente falsa", afirmando que as pessoas apenas reagiam ao ataque.