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JWST flagra exoplaneta com duas caudas colossais de hélio
Observação inédita revela exoplaneta WASP-121b perdendo atmosfera e formando duplas caudas de hélio, desafiando modelos atuais.
O Telescópio Espacial James Webb (JWST) registrou, pela primeira vez, um exoplaneta extremo perdendo sua atmosfera de maneira contínua e formando duas caudas gigantes de hélio, fenômeno observado de forma inédita ao longo de quase toda a órbita do planeta.
A cerca de 880 anos-luz da Terra, astrônomos monitoraram o exoplaneta WASP-121b, também conhecido como Tylos, e constataram que ele está perdendo sua atmosfera de modo persistente, formando duas enormes caudas de hélio que se estendem por mais da metade de sua órbita. Essa é a observação mais longa já realizada desse tipo de processo, revelando detalhes inéditos sobre a evolução de mundos gasosos.
Tradicionalmente, estudos sobre a perda atmosférica de exoplanetas dependem de observações rápidas durante trânsitos planetários. Desta vez, porém, o monitoramento contínuo permitiu investigar não apenas como o gás escapa, mas também o destino desse material e suas implicações para a evolução planetária.

WASP‑121b é um dos exoplanetas mais extremos já identificados, conhecido por apresentar nuvens de metais vaporizados, chuvas de pedras preciosas e ventos supersônicos. Classificado como um Júpiter ultraquente, ele orbita sua estrela tão de perto que completa um ano em apenas 30 horas.
Essa proximidade aquece sua atmosfera a milhares de graus, facilitando a fuga de gases leves como hidrogênio e hélio. Mesmo perdas atmosféricas graduais podem remodelar profundamente um planeta ao longo de milhões de anos.
Utilizando instrumentos do JWST, os pesquisadores acompanharam Tylos por quase 37 horas seguidas, obtendo a observação contínua mais longa já feita do fenômeno. Detectaram uma vasta névoa de hélio ocupando cerca de 60% da órbita do planeta, evidenciando um fluxo persistente e de grande escala.
O estudo revelou que o planeta não produz apenas uma, mas duas caudas de hélio: uma que se estende atrás de sua trajetória e outra à frente. Juntas, essas caudas cobrem uma área mais de 100 vezes maior que o diâmetro de Tylos, surpreendendo os cientistas e desafiando os modelos atuais, que não preveem naturalmente caudas duplas.
Os autores sugerem que radiação, vento estelar e gravidade podem atuar simultaneamente para moldar essas estruturas, mas reconhecem que novas simulações tridimensionais serão necessárias para compreender o fenômeno. O caso de Tylos pode esclarecer como gigantes gasosos evoluem e se, ao longo do tempo, podem encolher até se tornarem mundos menores ou núcleos rochosos expostos.
Por Sputinik Brasil
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