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Funcionários do Louvre entram em greve por tempo indeterminado e denunciam crise estrutural

Sindicatos apontam precarização das condições de trabalho, déficit de pessoal e agravamento de problemas no museu

Agência O Globo - 15/12/2025
Funcionários do Louvre entram em greve por tempo indeterminado e denunciam crise estrutural
Imagem ilustrativa gerada por inteligência artificial - Foto: Nano Banana (Google Imagen)

O Museu do Louvre não abriu as portas na manhã desta segunda-feira (11), após cerca de 400 funcionários se reunirem em assembleia e aprovarem uma greve por tempo indeterminado. A paralisação, convocada por diferentes sindicatos, denuncia a deterioração das condições de trabalho e a insuficiência de recursos, agravadas por recentes falhas estruturais e problemas operacionais.

De acordo com a emissora BFMTV, turistas aguardavam do lado de fora da entrada principal, mas foram orientados por funcionários a não retornar antes do meio-dia. Dependendo do desdobramento da greve, o museu pode fechar parte dos espaços ou até mesmo suspender completamente a visitação, devido à falta de pessoal.

No comunicado enviado em 8 de dezembro à ministra da Cultura, Rachida Dati, os sindicatos CGT, CFDT e SUD afirmam que "visitar o Louvre tornou-se uma verdadeira corrida de obstáculos". As entidades acusam a direção do museu de descaso diante das emergências prediais acumuladas nos últimos meses.

Após um arrombamento em 19 de outubro, que expôs vulnerabilidades de segurança, o Louvre enfrentou novos episódios de instabilidade. Em novembro, uma galeria precisou ser fechada devido ao estado do prédio. Duas semanas atrás, um vazamento de água danificou centenas de livros da biblioteca de Antiguidades Egípcias.

Em carta à ministra da Cultura, os sindicatos relatam que "todos os dias, os espaços do museu permanecem fechados muito além do prazo previsto no plano de abertura garantida, devido à insuficiência de funcionários, bem como falhas técnicas e à idade do edifício". Segundo eles, sucessivos alertas internos não foram atendidos, e os comunicados divulgados pela direção "não permitem esperar uma conscientização proporcional à crise".

Os sindicatos reivindicam a abertura de negociações diretas com o Ministério da Cultura, alegando uma deterioração sem precedentes no clima social e exigindo respostas urgentes das autoridades responsáveis.