
Vereadores de Palmeira tentam “acordos” antes de audiência pública com Águas do Sertão

Pela segunda vez consecutiva, a Audiência Pública que deveria debater a questão do (des) abastecimento de água em Palmeira dos Índios foi adiada. A nova data está prevista para acontecer no próximo dia 14 de maio. Porém, o que chama atenção é que um grupo de vereadores da situação, em defesa da gestão da prefeita Luísa Júlia Duarte, a Tia Júlia (MDB), se reuniu às portas fechadas – e às escondidas – com representantes da empresa Águas do Sertão.
Na tarde de ontem, 22, nem os vereadores de oposição foram informados desse encontro – repentino – entre empresa e os colegas da situação. O interessante – ainda – é que enquanto a população sofre, a exemplo de moradores dos bairros e conjuntos mais pobres da cidade, os edis parecem tentar “acordos” (espúrios, inclusive) para tratar do assunto que vem sem soluções desde a gestão do ex-prefeito, Júlio Cezar, o ex-Imperador (MDB).
A lembrar: a Tribuna do Sertão divulgou hoje que “em 16 de junho de 2021, o então prefeito Júlio Cézar vendeu, por 40 anos, a concessão do serviço de abastecimento de água do município à empresa privada Águas do Sertão. Um contrato que entregou à iniciativa privada o controle do sistema hídrico até 2061 e o fez sem a devida anuência da Câmara de Vereadores, que se calou diante da gravidade do ato, sendo conivente com o que muitos já consideram um atentado à dignidade da população palmeirense”.
Além disso, fato é que vereadores – os que são de apoio à gestão atual e ex-gestão – adiaram o debate da audiência Pública demonstrando uma manobra para ganhar tempo e diálogos com a empresa, apontando existir algo escondido que a população não sabe. Todavia, dizem que “acordos” que demonstram certos interesses próprios, pessoais, políticos e, quiçá, até os financeiros, ao invés de defenderem o que é de direito da população.

Afinal, se Palmeira dos Índios está sofrendo desde que o “ex-Imperador” optou pela venda da Casal – em 2023 – para Águas do Sertão, no valor de R$ 100 milhões, o que diremos daqui a quarenta (40) anos de concessão à empresa Águas do Sertão?
Senão, façam como recomendou a vice-prefeita de Palmeira dos Índios, Sheila Duarte (PT), que foi até suas redes sociais pedir à população que faça valer seus direitos: ‘entrar na Justiça contra a Águas do Sertão’, afirmando que a “Justiça é o caminho para garantir o que é nosso por direito!”.
Por fim, sem relevância alguma em cobrar nada do Executivo e, de novo, em troca de favor e vantagens na Prefeitura, os novos edis – de apoio à gestão, claro – estão se reunindo às escondidas, às portas fechadas e às escuras para obter benefícios em comum. Qual?
Veremos logo logo!
Por fim, caberá ao Ministério Público do Estado de Alagoas (MP Alagoas) fazer o papel que deveria ser dos vereadores e da Câmara de Palmeira dos Índios. Repito: precisa saber onde foram parar os R$ 100 milhões; os motivos do legislativo silenciar sobre a venda da Casal; e, agora, até adiar audiência pública com justificativas pífias.
Quem poderá ajudar os palmeirenses? Quem?
É isto!
E viva a política dos políticos em Alagoas!
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