
Acusado de sequestro e assassinato, Júnior Alcântara tenta retornar a política de Palestina
Diante da possibilidade do retorno do ex-prefeito a política, população tem feito criticas, temendo que velhos problemas retornem e afetem o município

A população de Palestina, no Sertão de Alagoas, tem aguardado a confirmação ou não da candidatura do ex-prefeito Júnior Alcântara.
Afastado da política no município desde as eleições de 2020, quando a irmã, Isabelle Alcântara, perdeu a eleição para prefeito para Jaime do Mercado, por uma diferença de 350 votos, Júnior tem se movimentado e tentado formar um grupo na tentativa de retornar ao comando do Executivo.
Mas, o passado ainda esta vivo para a maioria da população.
Na última eleição, Júnior coordenou a campanha da irmã, que foi presa no dia da eleição acusada de promover aglomeração em via pública. Mas a motivação da prisão, para muitos da própria família Alcântara, teria sido um dos 'comandos' errados que Isabelle seguiu do irmão.
Júnior Alcântara foi acusado de planejar o assassinato do próprio caseiro da família, Zenóbio Gomes Feitosa, 60.
A vítima foi sequestrada no dia 27 de maio de 2017 e o corpo foi encontrado no dia seguinte, no município de Jacaré dos Homens.
Naquele ano, o delegado da Polícia Civil, Mário Jorge, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), confirmou que Júnior simulou um assalto a sua chácara com o proposito de matar a vítima.
Na época, a versão de Júnior foi que no assalto à chácara teriam sido roubados documentos que comprovavam crimes da na época, gestão municipal.
Porém, concluíram as investigações, ainda segundo o delegado, o caseiro de Júnior Alcântara tinha sido usado como laranja por Júnior.
"A investigação constatou que o Junior Alcântara teria usado o nome do caseiro como laranja na compra de veículos e máquinas. Claramente foi comprovado que Júnior teria utilizado o nome e os dados pessoais da vítima sem o conhecimento do próprio", explicou o delegado Mário Jorge.
A descoberta pela polícia que Júnior planejou o sequestro e a execução do caseiro, que lhe servia fielmente, revoltou as famílias de Palestina.
Em dezembro de 2017, por determinação da Justiça, Júnior foi solto após vários meses de prisão, tendo que usar tornozeleira eletrônica.
Hoje, com a possibilidade dele retornar a política, após uma administração bastante criticada, quando Palestina enfrentou um dos maiores índices de desemprego de Alagoas, o número de analfabetos era bastante alto, postos de saúde faltavam médicos e não haviam medicamentos essenciais, servidores ameaçados quando cobravam os salários que eram pagos atrasados e fornecedores da prefeitura passavam vários meses para receberem, existe um temor da população que o passado retorne.
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