Apoio ao Estado Palestino

27/05/2024 11h11 - Atualizado em 27/05/2024 12h12

Recentemente a Irlanda, a Dinamarca e a Espanha anunciaram, numa ação coordenada, que reconhecem a Palestina como um Estado soberano e independente. Os três agora se somam a mais de 140 países, entre eles o Brasil, que reconhecem de forma unilateral o Estado Palestino.

Sem dúvidas, é um momento histórico para o reconhecimento da Palestina e revela uma tendência mundial, principalmente entre as potências ocidentais. Mas o reconhecimento precisa ser declarado pelo G7, o grupo das sete economias mais desenvolvidas. Entre eles, nenhum ainda reconheceu o Estado Palestino.

Mas o anúncio, serve de pressão, é um caminho que parece não ter volta. A pressão da opinião pública nunca foi tão favorável ao povo palestino, e não tenho dúvidas, não haverá solução para o conflito Israel/Palestina que não passe pelo reconhecimento do Estado Palestino.

Aliás, o acordo celebrado, em 1947, na Organizações das Nações Unidas, foi fruto de uma resolução que previa tanto a criação do Estado de Israel como a criação do Estado Palestino. Mas, passados quase 80 anos, o povo palestino ainda luta pelo reconhecimento de sua nação como Estado autônomo e independente.

Recentemente, a procuradoria do Tribunal Penal Internacional ingressou com o pedido para que os juízes considerem uma ordem internacional de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, por crimes de guerra e contra a humanidade em Gaza, entre outras acusações.

É preciso lembrar que, em 2021, uma coalizão de forças políticas dos mais variados campos ideológicos se reuniram para destituir Netanyahu.

O Rei Bibi, como é conhecido internamente Netanyahu, sofre de uma impopularidade que vem se arrastando ao longo do seu mandato, e vem se acentuando durante o período do conflito. A mais recente pesquisa de opinião divulgada pelo jornal israelense Maariv, revela que 45% dos israelenses preferem Benny Gantz como primeiro-ministro.

Netanyahu aposta todas as suas fichas no massacre de gaza para se manter no poder. Mas independente de Netanyahu, refirmo que o Oriente Médio não terá paz e nem estabilidade se as potências prosseguirem ignorando a criação do Estado Palestino autônomo, independente e soberano.