Alagoas
Endocrinologista do Hospital Metropolitano alerta para os riscos da pré-diabetes
Especialista destaca que a pré-diabetes já é considerada doença e reforça a importância do diagnóstico precoce e de mudanças no estilo de vida.
Neide Brandão / Ascom Hospital Metropolitano de AL
Embora represente um estágio anterior ao diabetes, a pré-diabetes não deve ser subestimada. De acordo com a endocrinologista Jéssika Medeiros, do Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), a condição já é reconhecida como uma doença e pode causar prejuízos ao organismo mesmo antes da evolução para o diabetes.
“Pré-diabetes e diabetes são condições distintas, mas ambas envolvem alterações nos níveis de glicemia e compartilham fatores de risco semelhantes”, explica a médica do HMA.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico da pré-diabetes é realizado por meio de exames laboratoriais. Segundo Jéssika Medeiros, a principal diferença em relação ao diabetes está nos valores de glicemia encontrados no sangue.
A pré-diabetes é identificada quando a glicemia de jejum está entre 100 e 125 mg/dL; a curva glicêmica (teste de tolerância oral à glicose) apresenta valores entre 155 e 208 mg/dL; e a hemoglobina glicada varia de 5,7% a 6,4%, refletindo a média da glicemia dos últimos três meses. Já o diabetes é diagnosticado quando esses índices estão mais elevados, como glicemia de jejum igual ou superior a 126 mg/dL ou hemoglobina glicada a partir de 6,5%.
Pré-diabetes pode causar danos à saúde
Mesmo sendo uma fase anterior ao diabetes, a pré-diabetes pode provocar danos significativos ao organismo. “Ela pode estar associada à obesidade, alterações de neuropatia, gordura no fígado e está diretamente relacionada ao aumento de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC”, alerta a endocrinologista.
Além disso, tanto a pré-diabetes quanto o diabetes são consideradas doenças silenciosas, pois geralmente não apresentam sintomas iniciais, mas, ao longo do tempo, comprometem o funcionamento do corpo.
Pré-diabetes sempre evolui para diabetes?
A boa notícia é que a pré-diabetes pode e deve ser revertida ou controlada, desde que haja acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida. Entre os principais fatores de risco estão a obesidade, alimentação rica em industrializados, carboidratos e gorduras, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas e predisposição genética.
A importância do acompanhamento
A especialista reforça a importância da realização periódica de exames, mesmo na ausência de sintomas. “Ao ser diagnosticada com pré-diabetes, a pessoa deve buscar tratamento, pois é uma condição que pode ser revertida. Já quem tem diabetes precisa monitorar a glicemia a cada três ou quatro meses para evitar complicações”, orienta.
Cuidar da saúde hoje é a melhor forma de evitar complicações no futuro. “A prevenção começa com informação, exames em dia e acompanhamento médico regular”, pontua Jéssika Medeiros.
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