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AL é o único Estado do NE a participar de projeto nacional de cuidado às pessoas com sobrepeso e obesidade
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) foi convidada a fazer parte do projeto de Prevenção e Cuidado à Pessoa com Sobrepeso e Obesidade na Atenção Primária à Saúde. Este projeto é uma parceria do Ministério da Saúde (MS), a partir da Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição, com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, de São Paulo.
Alagoas, que já possui desde 2021 uma Linha de Cuidados (LC) para pessoas com sobrepeso e obesidade, é o único Estado do Nordeste a participar desse projeto, que visa promover a qualificação do cuidado às pessoas com obesidade, por meio da atuação da Atenção Primária à Saúde (APS) como protagonista do fortalecimento da Linha de Cuidados no Estado.
A parceria conta com mapeamento dos serviços de apoio logístico e dos fluxos regionais, apoio e atualização da LC, capacitação dos profissionais, aproximação da APS dos demais níveis de atenção à saúde e suporte técnico às equipes da Atenção Básica. Além disso, objetiva oferecer também teleconsultoria, para alinhamento de condutas, formulação de protocolos e a viabilização do teleatendimento local; interlocução territorial, com atuação dos facilitadores regionais; e monitoramento da implementação da LC.
Vale ressaltar que a Sesau, por meio da Superintendência de Atenção à Saúde (Suas), da Supervisão de Condições Específicas (Sucesp) e da Gerência de Atenção Primária (GAP), já vem oferecendo capacitações de sobrepeso, obesidade e cirurgia bariátrica para servidores do SUS. Assim, esta parceria vai fortalecer, ainda mais, os cuidados às pessoas com sobrepeso e obesidade.
Alexandra Ludugero, gerente de Atenção Primária da Sesau, explica o que é esperado dessa parceria. “Esperamos fortalecer a Atenção Primária para a busca ativa destes pacientes pelos profissionais das equipes multidisciplinares e, com isso, reduzir o número de pacientes que necessitam ir para cirurgia bariátrica, bem como as complicações como hipertensão arterial, diabetes, acidente vascular cerebral, diminuindo, assim, o número de internamentos e sequelas”, afirmou.
O secretário de Estado da Saúde, André Cabral, comemora essa conquista para o Estado. “Já criamos a Linha de Cuidados e iniciamos as capacitações para os profissionais de saúde da Atenção Primária. Então vamos dar continuidade a esse trabalho de maneira mais robusta com essa parceria. Diminuir as taxas de sobrepeso e obesidade em Alagoas é essencial para a prevenção de outras patologia”, concluiu.
Sobrepeso e obesidade – O Ministério da Saúde (MS) explicou que a diferença entre o sobrepeso e a obesidade relaciona-se ao Índice de Massa Corporal (IMC), cujo cálculo é o peso dividido pela altura ao quadrado. Para o sobrepeso, o IMC fica entre 25 e 29,99, enquanto a obesidade seria diagnosticada com o IMC a partir de 30.
Ainda segundo o MS, a obesidade aumenta inexoravelmente o risco de mortalidade, pois é associada à prevalência de doenças cardiovasculares (coronariopatias, hipertensão arterial, trombose venosa), alterações metabólicas (diabetes mellitus, dislipidemias), afecções pulmonares, renais, biliares e certos tipos de neoplasias.
O que é uma Linha de Cuidado – De acordo com o MS, uma Linha de Cuidado é um documento que define o itinerário que o paciente deve percorrer dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) para resolver uma demanda em saúde específica, descreve a rotina desse itinerário e viabiliza a comunicação entre as equipes de saúde pública.
A linha de cuidados foca na padronização das ações e na continuidade do serviço oferecido ao paciente. A definição do fluxo permite, então, que o usuário do SUS não se sinta “perdido” no sistema e não desista de levar o tratamento adiante.
Entenda o fluxograma da LC de Sobrepeso e Obesidade –
– O atendimento inicia sempre na Unidade Básica de Saúde (UBS), na atenção primária, que é responsável por registrar, avaliar e acompanhar os pacientes com alto Índice de Massa Corporal (IMC);
– A UBS também programa atividades para promoção, prevenção e recuperação da saúde. Além disso, encaminha os pacientes para assistência terapêutica multiprofissional, em um Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), que após dois anos reavaliará os pacientes;
– Se houver melhora, é mantido o acompanhamento do paciente pela UBS e pelo Nasf;
– Se não houver melhora, o paciente é encaminhado à atenção especializada;
– A atenção especializada acolhe o paciente e oferece consulta com médico cirurgião da gastroplastia (redução de estômago);
– Se não houver critérios clínicos para indicação da cirurgia bariátrica, o paciente volta para a atenção básica para a providência de medidas e hábitos saudáveis;
– Havendo indicação para realização da cirurgia bariátrica, o município é contra referenciado para providenciar avaliação e laudos com cardiologia, pneumologia e angiologista;
– O paciente inicia também o acompanhamento com psicólogo e nutricionista, e participa de grupo de apoio;
– Finalmente, com todos os documentos e laudos em mãos, o paciente retorna ao médico cirurgião para que seja solicitada a internação hospitalar e a cirurgia no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA);
– O acompanhamento do pós-operatório é realizado a partir de um mês após a cirurgia;
– Após 24 meses de pós-operatório, o paciente retorna para a atenção primária.
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