Economia

Bolsas da Ásia fecham a maioria em queda, com risco de calote da Evergrande

06/12/2021

As bolsas da Ásia fecharam a maioria em queda nesta segunda-feira, 6, com o retorno das preocupações quanto à solvência do mercado imobiliário chinês, depois que a Evergrande alertou que pode não ter dinheiro suficiente para pagar uma nova rodada de dívidas. O avanço da variante Ômicron do coronavírus também segue no radar das mesas de operações.

Em comunicado, a incorporadora chinesa informou que não há garantia de que tem recursos em caixa parar honrar obrigações financeiras, após ter sido chamada a pagar US$ 260 milhões em títulos de dívida em dólar.

Os prospectos de um possível calote levaram a ação da empresa a desabar 19,56% em Hong Kong, ao menor nível desde 2010. Com isso, o índice Hang Seng, referência na bolsa do território semiautônomo chinês, encerrou o pregão em baixa de 1,76%, a 23.349,38 pontos.

O papel da Alibaba recuou 5,61%, após a gigante de tecnologia anunciar reestruturação e trocar o comando de sua equipe financeira. Companhias chinesas listadas em Nova York seguiram sob pressão, depois que a Didi Global anunciou que deixaria Wall Street, em meio ao cerco de Pequim.

Na China continental, Shangai cedeu 0,50%, a 3.589,31 pontos, enquanto Shenzhen, de menor abrangência, perdeu 1,22% a 2.495,50 pontos.

Em Taiwan, o Taiex caiu 0,05%, a 17.688,21 pontos.

No Japão, o índice Nikkei baixou 0,36%, a 27.927,37 pontos. SoftBank, que tem exposição considerável a empresas como Alibaba e Didi, despencou 8,20%.

Na contramão, o Kospi subiu 0,17%, a 2.973,25 pontos, em Seul. Os ganhos no setor de eletrônicos ofuscaram os temores quanto à variante Ômicron do coronavírus, que foi confirmada na Coreia do Sul e levou o país a endurecer restrições de viagens.

Já na Oceania, o S&P/ASX 200, de Sydney, registrou leve alta de 0,05%, a 7.245,10 pontos. Ações de energia e indústria subiram 0,6% e 0,7%, respectivamente, enquanto o setor de bens de consumo básicos avançou 1,9% e os serviços públicos ganharam 2,0%. O setor de tecnologia foi o maior entrave do índice, com queda de 2,2%. Com informações da Dow Jones Newswires.

Autor: André Marinho
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