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Pirâmide Feudal: Polícia desarticula organizações que sonegavam tributos em Arapiraca, Palmeira e Penedo


Organizações criminosas atuavam em municípios de Alagoas e Pernambuco de forma ilícita
A Secretaria de Estado da Segurança Pública de Alagoas (SSP) coordenou, nesta quinta-feira (08), uma operação integrada, entre as Polícias Civil e Militar, com o objetivo de prender integrantes de três organizações criminosas que atuavam nas cidades de Arapiraca, Palmeira dos Índios, Ibateguara, São José da Tapera, Penedo, além das cidades pernambucanas de Correntes e Garanhuns. A ação tem como objetivo combater o comércio de aves com sonegação de tributos devidos.
Foram cumpridos 14 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, fruto do trabalho investigativo da Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC), com apoio do Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRV).
As três organizações criminosas são responsáveis, em tese, pela prática de condutas graves, tais como a aquisição e distribuição de aves (frangos) em transportes irregulares, com ausência do cumprimento de requisitos sanitários, sonegação fiscal, corrupção ativa e passiva, falsificação de documentos, comercialização irregular de aves impróprias para consumo e comercialização de armas de fogo.
A operação ganhou o nome de “Pirâmide Feudal”, porque a estrutura das organizações comparava – se a de uma pirâmide, sendo os que os proprietários das granjas tinham conduta semelhante a reis, mas que enriqueciam de forma ilícita através da sonegação fiscal, adulteração de documentos e venda de frangos inapropriados para consumo mediante corrupção de agentes públicos.
Estes proprietários equiparavam-se ao clero que em conjunto com a nobreza e os servos faziam de tudo para que suas compras chegassem em suas avícolas sem maiores problemas, sobretudo com as fiscalizações. Já os intermediadores, os lobistas e os negociantes, por sua vez, assemelhavam-se à nobreza da Idade Média, fazendo assim com que a organização funcionasse sonegando impostos, corrompendo pessoas, e sobretudo burlando as fiscalizações. Já os envolvidos nas etapas de transporte, segurança, escolta e também os informantes se assemelhavam aos servos feudais, já que cooperavam para que a mercadoria chegasse a seu destino final.
Para o cumprimento dos mandados durante a operação integrada foram empregados militares do BPRv, do Grupamento Aéreo e agentes da DEIC.
Uma vasta quantidade de dinheiro em espécie e até mesmo em dólares e Euro foi apreendida durante a operação. As equipes policiais também apreenderam armas, munições e cadernos com anotações.
Todos os indivíduos e materiais apreendidos serão encaminhados para a sede da DEIC, no bairro da Santa Amélia, para a confecção dos procedimentos cabíveis.
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