Política
Imprensa nacional destaca aliança entre PT/PSL: Em Alagoas também houve “mistura”. Veja qual município
A aliança cobra d’água com jacaré do PT-PRTB-PSL em Palmeira dos Índios está dando o que falar.
Avalista dessa aliança em nível local, onde Palmeira dos Índios é o único município no Estado que petistas e bolsonaristas estão juntos, o deputado federal Paulão é um dos maiores defensores dessa parceria.
Em que pese o presidente do Partido em Alagoas ser o candidato à prefeitura de Maceió Ricardo Barbosa (ex- PSOL), o comando do partido no Estado pertence a Paulão e a decisão da manutenção dessa aliança é dele.
Segundo informa o Globo em uma matéria no seu portal, Palmeira dos Índios é um dos seis municípios no Brasil que essa “mistura” está ocorrendo.
Para piorar a situação, conforme declarou no instagram, o prefeito de Palmeira dos Índios Júlio César (PSB) – o candidato apoiado pelas legendas antagonistas – votou em Jair Bolsonaro na eleição de 2018 e votará nele novamente em 2022, apesar que o seu partido é oposição ao atual presidente em âmbito nacional.
Mesmo sabedor das tendências bolsonaristas do candidato majoritário, o Partido dos Trabalhadores em Palmeira dos Índios é um dos seus principais aliados, indicando o titular da secretaria da Mulher há mais de seis meses, uma pasta que não possui nem sala e nem assessores, relegando a importância da secretaria a segundo plano.
O sociólogo Cosme Rogério, militante do PT há mais de 21 anos em Palmeira dos Índios foi enfático ao comentar sobre a aliança do PT com o PSL e PRTB no município.
“É algo pragmático. Isso é tradição na política palmeirense, onde não se alinham conforme as orientações de âmbito nacional. É preciso destacar que a esquerda em Palmeira não se organiza nos partidos. O que há são siglas partidárias nas mãos de grupos políticos tradicionais, que agem conforme a cartilha clientelista secularmente estruturada”, enfatizou.
Cosme disse que “tal apoio se justifica pelo fato de o PT em Palmeira ser reduzido, na prática, a uma sigla partidária nas mãos de um grupo político que não se comporta de acordo com o legado ético construído a duras penas pela classe trabalhadora, na longa duração sócio-histórica. É a velha disputa do poder pelo poder. Há muito tempo a militância arrefeceu na cidade (embora resista no trabalho de base do qual o partido, como instituição, se distanciou). As filiações acontecem ao sabor das conveniências desse grupo que tem a hegemonia há muitos anos, sem respeito ao Estatuto e resoluções partidárias. Alianças como essa são o preço a se pagar por optar por práticas assistencialistas e paternalistas tradicionais na política brasileira, sem a necessária capacidade de liderança e mobilização em torno de um projeto popular, e não populista”, declarou.
Veja a matéria publicada no G1 da Globo clicando aqui
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