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Pandemia e ensino à distância
A crise do coronavírus, no Rio de Janeiro, provocou uma série de mudanças em nosso sistema escolar. O confinamento necessário levou à valorização da modalidade de educação à distância, onde já tínhamos algumas experiências notáveis. Na verdade, no Brasil, já são quase 2 milhões de alunos estudando on-line, num atestado de que isso é algo muito bem sucedido.
A pandemia não tem prazo fixo, por isso o EAD tem que trabalhar a plena carga, em todos os níveis, como ocorre em 157 países, segundo dados da Unesco, em que férias foram antecipadas, ao lado do emprego de plataformas digitais e do ensino à distância. As Secretarias de Educação foram instadas a preparar materiais adequados, obedecendo às lições de John Dewey do “aprender fazendo” (learning by doing).
O importante é que os materiais levem à reflexão dos alunos, como se fez no Rio de Janeiro, com a sua tradicional Maratona Escolar, hoje com o nome de Desafio da Ciranda, desta feita prestando merecida homenagem à escritora Maria Clara Machado, segundo a educadora Andréia N. Ghelman, do Instituto Antares. A garotada lê os livros e escreve redações de 20 linhas, que serão julgadas por professores especializados. Isso pode ser feito segundo os princípios do “home office”, não necessariamente nas escolas, enquanto houver o risco de epidemia.
Neste processo cabe uma participação relevante aos professores, que obedecem a uma plataforma de relacionamento com pais e alunos. Eles enviam tarefas de casa, vídeos, materiais de apoio, avaliações, sugestões de trabalho em grupo etc. Como se vê, há um caminho determinado para superar a atual fase de confinamento, em que os mestres exercem um papel preponderante. Este monitoramento é fundamental.
Não é hora de desânimo, ao contrário, devemos estar atentos ao tamanho do desafio que nos é imposto pelo destino. A crise certamente não será eterna. Em algum momento ela passará e, como num revezamento, devemos estar preparados para a retomada da educação presencial, sem termos desperdiçado esse tempo precioso. A EAD emergirá disso tudo como um mecanismo (ou modalidade) com o qual devemos nos acostumar, para utilizar como reforço escolar. Mais uma vez recorremos ao talento do escritor israelense Yuval Noah Harari: “Devemos aprender com a história para enfrentar a doença.”
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