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Pesquisas mostram vitória de Macron na eleição francesa

28/03/2017
Pesquisas mostram vitória de Macron na eleição francesa

O centrista francês Emmanuel Macron deve vencer com facilidade a líder de extrema-direita, Marine Le Pen, na eleição presidencial da França se, como parece cada vez mais provável, os dois se enfrentarem no 2º turno da disputa no dia 7 de maio, revelou uma pesquisa nesta terça-feira (28).

A sondagem Ipsos foi a mais recente de muitas a mostrar Macron e Le Pen seis ou sete pontos percentuais à frente do antigo favorito François Fillon, afetado por um escândalo financeiro relacionado à sua esposa britânica, Penelope, e dois de seus filhos.

A pesquisa realizada no domingo (26) e na segunda-feira (27) colocou Le Pen e Macron respectivamente com 25 e 24 por cento dos votos do primeiro turno de 23 de abril, e os votos transferidos de candidatos eliminados garantindo uma vitória retumbante para Macron na segunda fase da consulta.

A maioria dos principais candidatos saiu em campanha nesta terça-feira, defendendo seus programas em discursos e encontros com representantes da federação empresarial Medef.

No mesmo momento Penelope Fillon era interrogada por magistrados que investigam as acusações de que ela recebeu centenas de milhares de euros de fundos parlamentares do marido por um trabalho mínimo como assistente.

Líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, participa de encontro em associação patronal nesta terça-feira (28)  (Foto: Eric Piermont / AFP)

Líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, participa de encontro em associação patronal nesta terça-feira (28) (Foto: Eric Piermont / AFP)

Desde as reportagens de janeiro que ensejaram a investigação judicial, Fillon, fã da falecida líder britânica Margaret Thatcher, despencou do primeiro para o terceiro lugar nas enquetes, que hoje o mostram eliminado no turno inicial.

Fillon acusou o presidente francês, o socialista François Hollande, de recorrer a uma guerra de ‘truques sujos’ contra ele.

Embora negue ter feito algo ilegal, ele admitiu que cometeu erros de julgamento, ambos relativos ao “Penelopegate” e à aceitação de ternos caros e feitos sob medida de um advogado conhecido como um intermediador de negócios na África.