Cidades

Igaci melhora atuação da atenção básica com uso de tecnologia móvel

16/10/2016
Igaci melhora atuação da atenção básica com uso de tecnologia móvel
Secretaria Municipal de Saúde (SMS) implantou no último mês o sistema e-SUS AtendSaúde

Secretaria Municipal de Saúde (SMS) implantou no último mês o sistema e-SUS AtendSaúde

O município de Igaci tem procurado avançar em todas as áreas, levando inovação para sua população e assim, melhor qualidade de vida para sua população. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) implantou no último mês o sistema e-SUS AtendSaúde, fazendo uso de aparelhos digitais (tablets) para os agentes de saúde, e assim, melhorando a atenção básica daquele município. Igaci é o segundo município alagoano a fazer uso desse tipo de tecnologia; Palmeira dos Índios foi o primeiro município a fazer a adesão.

O e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB) é uma estratégia do Departamento de Atenção Básica para reestruturar as informações da Atenção Básica em nível nacional. Esta ação está alinhada com a proposta mais geral de reestruturação dos Sistemas de Informação em Saúde do Ministério da Saúde, entendendo que a qualificação da gestão da informação é fundamental para ampliar a qualidade no atendimento à população. A estratégia e-SUS AB, faz referência ao processo de informatização qualificada do SUS em busca de um SUS eletrônico.

A coordenadora da Atenção Básica, Natasha Rocha, fala da importância da implantação do sistema no município e as melhorias no trabalho dos profissionais.

“O uso dos tablets veio pra melhorar nosso trabalho, tanto dos agentes, quanto da coordenação, pois podemos ter acesso instantâneo às informações colhidas pelos nossos agentes. A melhora no atendimento e a facilidade são mais pontos positivos. O dia-a-dia dos nossos agentes melhorou bastante: eles não precisam mais estar andando por sua região com bolsas, papelada, etc., agora é só o tablet”, salienta a coordenadora.

A SMS de Igaci conta atualmente com 67 agentes de saúde. Todos já receberam o equipamento e o treinamento para o manuseio do sistema. O município possui cerca de 30 mil habitantes e em menos de quinze dias já foram cadastradas pouco mais de 4 mil pessoas, o que mostra a eficácia da tecnologia no dia a dia dos agentes.

Titular da SMS de Igaci, Aerton Lessa, frisa o quão relevante é o uso de ferramentas como esta no âmbito da saúde pública

Titular da SMS de Igaci, Aerton Lessa, frisa o quão relevante é o uso de ferramentas como esta no âmbito da saúde pública

Além dos profissionais da saúde aprovar a iniciativa, a população tem aceitado a novidade e parabenizado a Secretaria.

“As pessoas aceitaram de uma forma muito rápida a mudança na forma de realizar as visitas domiciliares, pois elas têm a certeza de que suas respostas estão registradas de forma concisa e correta e de que tudo ficou registrado. Antes era mais trabalhoso, preencher muitos papéis, mas agora nosso trabalho ficou muito mais rápido”, comemora a agente Isabele Marques dis Santos, do PSF III.

Além de o sistema registrar a evolução dos atendimentos e cadastros, há também um ranking de produção dos agentes, ferramenta que é usada como forma de incentivo entre os profissionais. Os agentes comemoram o avanço e falam das melhorias no atendimento e nas visitas domiciliares.

“O uso do tablet é bem mais prático, tudo se resume apenas ao aparelho, não preciso mais estar levando uma papelada, mochila, fichas de cadastro, nada mais. Apenas o tablet. Todas as informações se encontram nele, não tem como haver erro num cadastro, fica tudo registrado já no sistema do SUS”, ressalta a agente Ione Pereira dos Santos, do PSF João de Lima Aciolly.

O uso de tecnologias móveis na área da saúde tem sido crescente no Brasil. Poucos municípios brasileiros já possuem algum tipo de tecnologia em uso. Em Alagoas, já são dois municípios que fazem uso de sistemas avançados. O titular da SMS de Igaci, Aerton Lessa, frisa o quão relevante é o uso de ferramentas como esta no âmbito da saúde pública.

“A implantação do AtendSaúde, tem nos possibilitado além de atender exigências do Ministério da Saúde, ter as informações disponíveis, praticamente em tempo real. Antes havia um delay (tempo de processamento) de aproximadamente 60 dias para termos acesso às informações geradas em campo pelos agentes de saúde, hoje, além da velocidade, temos informações georreferenciadas e uma imensa gama de relatórios cruzando todo tipo de informação. Por exemplo: em poucos segundos podemos ter um levantamento de pessoas de baixa renda, obesas, hipertensas, com idade acima de 60 anos, e que moram exclusivamente na zona rural. Antes, passávamos semanas para levantar informações como essa”, comenta Lessa.

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