Política

Alagoas deve receber recursos do BID para saúde, infraestrutura e educação

19/01/2016
Alagoas deve receber recursos do BID para saúde, infraestrutura e educação
Projeto envolve ações da Setrand, DER, Seinfra, Sesau, Arsal, Sefaz, Seplag, Educação e Ressocialização. (Foto: Márcio Ferreira)

Projeto envolve ações da Setrand, DER, Seinfra, Sesau, Arsal, Sefaz, Seplag, Educação e Ressocialização. (Foto: Márcio Ferreira)

As áreas da saúde, infraestrutura e educação de Alagoas devem passar por um importante processo de renovação no ano de 2016. O governador Renan Filho garantiu a estruturação de projetos nos segmentos, durante reunião técnica com representantes do Banco Interamericano de Desenvolvimento  (BID), nesta segunda-feira (18), após discussão do financiamento de R$ 520 milhões destinados à execução de projetos de reestruturação das regiões metropolitanas de Maceió e Arapiraca.

Os projetos serão construídos com o BID e envolvem ações de mobilidade urbana, ampliação da oferta de serviços de educação, prevenção à violência e ampliação de serviços de saúde, focando na expansão ordenada das regiões metropolitanas para garantir que o Estado se desenvolva com estrutura suficiente para garantir os serviços essenciais à população.

No segmento da infraestrutura, o governador garantiu a estruturação da ponte que ligará Maceió ao município de Coqueiro Seco. Segundo ele, o BID veio até Alagoas com a missão de dialogar com o Governo do Estado e a Prefeitura de Maceió, possibilitando investimentos como o início das obras, além da presença de uma nova área de expansão a região metropolitana de Maceió.

“Este projeto beneficiará diretamente as cidades de Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte, Satuba e Marechal Deodoro, que são municípios fundamentais para o desenvolvimento do Estado e também no papel de integração da região metropolitana”, afirmou.

Sobre os projetos importantes para a infraestrutura, Renan Filho citou a obra de revitalização da orla lagunar. O chefe do Executivo estadual explicou que a obra já foi feita, no mínimo, três vezes, só que o problema é que quando não se cria um instrumento de valorização imobiliária, dificilmente as pessoas voltam para aquela área.

“Quem vive na região é pescador, e se ele é colocado para viver longe da lagoa não tem como sobreviver. Esse projeto vai valorizar muito a área, vai valorizar o outro lado, onde será construída uma ponte, que é o projeto de infraestrutura principal”, disse o governador.

Ele acrescentou que o projeto da Prefeitura de Maceió será complementar ao do Estado. “Nós vamos fazer a ponte e revitalizar a orla lagunar, talvez ao mesmo tempo. Esse será um projeto verdadeiramente transformador para a região. Eu acho muito importante”, frisou.

Renan Filho falou do tempo estimado pelo Governo para o desenvolvimento da região Metropolitana, do outro lado da lagoa, e garantiu que o Estado vai trabalhar para induzir a ida de novos moradores para a região. “Acreditamos que a população possa morar lá no período de 15 anos. Acho que a obra é fundamental para que a gente trabalhe induzindo a isso. É uma área muito bonita, mas naquela situação ela fica muito inutilizada”, completou o governador.

Também presente na ocasião, o secretário de Estado da Fazenda, George Santoro, explicou que a reunião técnica ocorre durante toda esta semana e funciona como oportunidade de alinhamento e desenvolvimento dos projetos em conjunto com o Banco.

“Toda a equipe de governo vem realizado trabalhos prévios de estudo e estruturação dos projetos para chegarmos a uma proposta concreta. Teremos outras reuniões consecutivas para que, no prazo de três meses, possamos concluir a Carta Consulta, que contém todos os dados necessários, como finalidade e custos previstos dos projetos. Esse é o ponto de partida para um longo processo de validação até a assinatura do contrato”, esclareceu.

No quesito mobilidade urbana, o projeto prevê iniciativas que aperfeiçoem o acesso às regiões metropolitanas, inclusive de maneira complementar à proposta da Prefeitura de Maceió para reurbanização da orla lagunar. No setor da saúde, o Governo busca a ampliação e a interiorização do atendimento, algo que não acontece há cerca de 30 anos.

As reuniões técnicas com ao BID são desenvolvidas por representantes das Secretarias de Fazenda, Planejamento, Transporte e Desenvolvimento Urbano, Saúde e Educação.