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Desenvolve libera recursos para reabertura de casas de farinha

18/06/2015
Desenvolve libera recursos para reabertura de casas de farinha
Direção da Desenvolve comemora assinatura de contratos e destaca que as casas de farinha são pequenas indústrias de base familiar (Foto: Dennis Calheiros)

Direção da Desenvolve comemora assinatura de contratos e destaca que as casas de farinha são pequenas indústrias de base familiar (Foto: Dennis Calheiros)

Em atendimento às exigências impostas pelo Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que determina que os proprietários de casas de farinha precisam se adequar aos parâmetros estabelecidos pelas legislações ambiental e sanitária vigentes no que diz respeito à utilização de lenha, a Desenvolve/AL esteve na cidade de Arapiraca nessa terça-feira (16) para a assinatura dos contratos para a liberação do recurso necessário à reabertura das casas de farinha de Girau do Ponciano e Lagoa da Canoa.
Por ocasião da assinatura, realizada na sede do Sebrae, o diretor de Desenvolvimento e Projetos da Agência, Fábio Leão, destacou o empenho da entidade, assim como dos proprietários das casas em trabalhar pela concretização desse projeto. “Essa iniciativa representa um importante avanço para a proteção do meio ambiente, dos empregos e de uma economia sustentável” declarou o diretor.
O fechamento das casas de farinha ocorreu devido à incorreta destinação dos efluentes da produção da farinha de mandioca, a chamada manipueira, que provoca a poluição do solo e das águas, causando grandes prejuízos ao meio ambiente.
Após a assinatura do TAC e a liberação do recurso pela Desenvolve, os proprietários de casas de farinha terão prazo de um ano para se adequarem e assumir os seguintes compromissos: implantar o reator de tratamento anaeróbico; não lançar mais efluentes fora dos padrões; protocolar solicitação de licença de regularização do IMA/AL; realizar o pagamento da multa estabelecida pelo órgão ambiental; adequar a empresa e o seu processo de produção aos parâmetros da legislação ambiental e ajustar sua matriz energética comprando lenha de origem certificada.
Com o recurso da Desenvolve, segundo Leão, cada casa da farinha poderá, entre outros beneficiamentos, instalar, por meio de compra feita pela própria Agência de Fomento, um reator que realiza a biodigestão anaeróbia da manipueira através da utilização do biogás em substituição à lenha. “A diminuição na utilização da lenha gerará uma economia às casas mais que suficiente para o pagamento do financiamento adquirido através da Desenvolve”, destacou Fábio Leão.
O presidente da Desenvolve, Antonio Pinaud, comemorou a assinatura dos contratos, destacando que as casas de farinha são pequenas indústrias de base familiar e chegam a empregar em média 50 famílias, por isso foi e é tão importante trabalhar incansavelmente para capacitar e instruir tecnicamente esses agricultores.