Geral
Juiz responsável pelo caso da morte de advogado no Francês se afasta
Depois da prisão dos advogados Augusto Jorge Granjeiro Costa Carnaúba e Júlio César da Silva Castro, em Marechal Deodoro, suspeitos de negociar uma quantia em dinheiro para influenciar na decisão judicial sobre a morte do advogado Marcos André de Deus Félix, crime ocorrido em 2014, o juiz Léo Denisson Bezerra, responsável pelo processo do homicídio, decidiu se afastar do caso.
Os advogados foram presos em flagrante no último dia 26, pela Polícia Federal, com R$ 100 mil, sob suspeita de exploração de prestígio. O dinheiro iria “comprar” a liberdade do casal Sérgio e Janadaris Sfredo, suspeitos de serem os mandantes da morte de Félix.
Em sua decisão, o magistrado declara incompatibilidade para atuar no caso. “Neste sentido, considerando a imperiosa necessidade de adotar providências jurídicas cabíveis, em face de todos àqueles que, nesse mar de calúnias, assim procederam, evidente que resta abalado o equilíbrio deste julgador para a contuta isenta da causa”.
Prisão
De acordo com a PF, a prisão dos advogados só foi possível após denúncia do próprio casal, que está preso no quartel do Corpo de Bombeiros no bairro do Trapiche, aguardando julgamento.
Eles contaram que o advogado deles teria solicitado R$ 200 mil, alegando que repassaria esse dinheiro a Granjeiro para soltá-los. O valor seria pago em duas parcelas.
Ainda segundo a PF, Granjeiro, que é procurador de Marechal Deodoro, garantiu que tinha influência junto ao judiário e prometeu se valer dela para interferir em uma decisão judicial. Durante depoimentos, os advogados presos citaram o nome do juiz ao qual seria destinado o dinheiro apreendido pela polícia.
A prisão ocorreu em um posto de combustíveis na AL-101 Sul, no momento em que advogado entregava ao procurador o pagamento de metade do dinheiro acordado, que também foi apreendido. O dinheiro e os advogados foram levados para a sede da PF.
Na última segunda (30), porém, a Justiça revogou a prisão preventiva dos advogados. Com a decisão dos juízes que integram a 17ª Vara Criminal da Capital, eles devem ficar em prisão domiciliar e serão monitorados por uma tornozeleira eletrônica.
Fonte: G1/AL
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