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Central de Transplantes capacita profissionais de saúde para criar Organização de Procura de Órgãos em AL

20/01/2014
Central de Transplantes capacita profissionais de saúde para criar Organização de Procura de Órgãos em AL

   DSC_0211 Profissionais de saúde que atuam nas urgências, emergências e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) dos hospitais de grande do Estado foram capacitados sobre a importância de criar uma Organização de Procura de Órgãos (OPO). O curso, organizado pela Central de Transplantes de Alagoas e ministrado por consultores do Ministério da Saúde (MS), ocorreu no sábado (18) e domingo (19), na Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), em Maceió.
Durante o evento, foram apresentadas as diretrizes que devem ser adotadas para a criação da OPO, cujos integrantes irão percorrer as unidades hospitalares, identificando a ocorrência de pacientes diagnosticados com morte encefálica, que é o primeiro passo para a doação de órgãos.  Os profissionais dos hospitais também foram capacitados sobre os protocolos que devem ser seguidas para entrevistar os familiares de possíveis doadores, realizando um trabalho de acolhimento e esclarecimento de possíveis dúvidas.
Isso porque, segundo o consultor do MS, Reginaldo Carlos Boni, que é nefrologista na Santa Casa de São Paulo e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), o que impede o consentimento para a doação de órgãos é a desinformação. “Mas com uma equipe preparada para esclarecer todas as dúvidas dos familiares, teremos aumento no número de doadores em Alagoas, assim como já acontece em outros estados”, prevê o médico, que coordenou a equipe de facilitadores.
Objetivo que kelly Brandão, gerente da Central de Transplantes de Alagoas, pretende atingir, já que no ano passado foram realizados 73 transplantes no Estado, mas o número ainda é insuficiente, diante da grande demanda de pacientes que esperam por um órgão. “Temos 496 alagoanos na fila de espera por um órgão, sendo 94 por uma córnea, 400 por um rim e dois por um coração. Por isso, a criação da OPO é fundamental para salvarmos a vida de mais pessoas”, evidenciou.
Ela explicou que o próximo passo para a criação da OPO é formar uma equipe multidisciplinar, que irá percorrer os hospitais alagoanos, captando doadores em potencial e sensibilizando familiares de pacientes diagnosticados com morte encefálica. A Central de Transplantes de Alagoas está situada em prédio anexo ao Hospital Geral do Estado (HGE), localizado no bairro Trapiche, em Maceió, cuja função é receber as notificações, além de realizar a manutenção da lista de espera dos receptores e a distribuição de órgãos e tecidos para realizar os transplantes.

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