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Barcelona e Real sugerem remarcar clássico para o dia 18 de dezembro
Poucas horas após a Real Federação Espanhola de Futebol adiar o clássico, Barcelona e Real Madrid vieram a público nesta sexta-feira para sugerir o dia 18 de dezembro (uma quarta-feira) como nova data para o duelo válido pela 10ª rodada do Campeonato Espanhol, no Camp Nou. O jogo estava marcado inicialmente para o dia 26 deste mês, sábado da próxima semana.
“O Real Madrid comunica que a data proposta por ambos os clubes é o dia 18 de dezembro”, anunciou o time madrilenho, em comunicado. Também em nota, porém sem citar o arquirrival, o Barça apontou a mesma data. “O clube vai propor o dia 18.”
Pelo calendário do futebol espanhol, a previsão inicial é de que este dia esteja reservado para partidas da Copa do Rei, ainda em suas fases iniciais. O Espanhol terá rodada neste ano até o fim de semana dos dias 21 e 22 de dezembro. E será retomado logo na primeira semana de 2020, com jogos nos dias 4 e 5 de janeiro.
O time catalão, contudo, deixou clara sua insatisfação com a mudança na data do clássico. “O desejo do clube era jogar o clássico no Camp Nou no dia 26, na data e horário definidos anteriormente. O clube tem a maior confiança na atitude pacífica e cívica dos seus torcedores, que sempre se expressaram exemplarmente dentro do Camp Nou”, registrou o clube.
O Barcelona se refere ao temor das autoridades de que as recentes manifestações na Catalunha se espalhem pelo estádio, atrapalhando o desenrolar do clássico. Há também temores em relação às questões de logística e segurança nos arredores do local da partida.
A preocupação dos dirigentes se deve às manifestações que tiveram início na segunda-feira, em Barcelona. Milhares de pessoas ocuparam o Aeroporto de El Prat, em protesto contra a condenação de 12 líderes separatistas catalães. As principais ruas da cidade foram bloqueadas e os serviços de trens urbanos e do metrô foram interrompidos. A polícia reprimiu com violência as manifestações. Dezenas de pessoas ficaram feridas nestes últimos dias e cerca de 200 foram detidas pela polícia.
O caos começou assim que o Tribunal Supremo da Espanha condenou nove líderes separatistas a penas de prisão que variam de 9 a 13 anos por sedição em razão do referendo de outubro de 2017, realizado apesar de uma proibição do governo em Madri. Outros três réus foram considerados culpados de desobediência e não receberam penas de prisão.
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