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Chefe de auditoria da Fifa renuncia e acusa Infantino

14/05/2016
Chefe de auditoria da Fifa renuncia e acusa Infantino
A gota d'água foi a decisão de transferir para Infantino a nomeação e a demissão dos chefes de comitês independentes da entidade

A gota d’água foi a decisão de transferir para Infantino a nomeação e a demissão dos chefes de comitês independentes da entidade

A Fifa está enfrentando sua primeira crise da gestão do presidente Gianni Infantino, eleito em fevereiro deste ano. Neste sábado (14), o chefe do comitê independente de auditoria da entidade, Domenico Scala, pediu demissão “com efeito imediato” de seu posto por entender que as atitudes do novo mandatário são um “retrocesso”. Segundo Scala, as decisões anunciadas durante o Congresso organizado pela Fifa na Cidade do México acendem um “sinal de alerta” sobre as reformas necessárias para retomar a credibilidade do órgão máximo do futebol mundial.

A gota d’água foi a decisão de transferir para Infantino a nomeação e a demissão dos chefes de comitês independentes da entidade. “Fiquei aborrecido com esta decisão porque ela mina um pilar central da boa governança na Fifa e destrói um resultado substancial das reformas”, afirmou Scala.

De acordo com fontes, as brigas entre os dois ítalo-suíços vão desde a definição do valor do salário de Infantino até a nomeação, sem processo seletivo, da nova secretário-geral da Fifa, a senegalesa Fatma Samba Samoura.

Em nota, a Fifa “lamentou o fato de que o Sr. Scala mal-interpretou o sentido da decisão tomada pelo Congresso”. “A permissão do Conselho para nomear novos membros a título provisório para os lugares vazios dos novos comitês tem como objetivo que eles possam iniciar a desenvolver seus papéis como parte do processo de reforma em curso até o próximo Congresso da Fifa em 2017. Além disso, consente a rápida demissão dos membros que violem suas obrigações”, escreveu a entidade.