Política

Reajuste para servidores do Judiciário foi resultado de acordo, diz Renan

01/07/2015
Reajuste para servidores do Judiciário foi resultado de acordo, diz Renan
Renan disse que projeto foi votado porque negociações em torno do reajuste do Judiciário não avançaram

Renan disse que projeto foi votado porque negociações em torno do reajuste do Judiciário não avançaram

      O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou nesta quarta-feira, 1º, que a votação do projeto de lei que estabelece reajuste escalonado para servidores do Poder Judiciário foi resultado de um acordo político e que ele, unilateralmente, não poderia retirar a proposta da pauta, apesar da promessa de não colocar em votação medidas que causem impacto nos gastos do governo federal, as chamadas “pautas-bomba”. A votação da proposta que garantiu reajuste médio de 59,49% para o Judiciário foi concluída nessa terça-feira (30/6) à noite.
A área econômica do governo é contrária à medida, porque, segundo estimativas do Ministério do Planejamento, ela deve acarretar impacto superior a R$ 25 bilhões em quatro anos. “Havíamos tirado esse projeto da pauta há 15 dias, com o compromisso de que ele seria apreciado exatamente no dia 30. Evidentemente que, por decisão unilateral do presidente do Senado, não poderíamos tirá-lo novamente de pauta”, argumentou Renan.
Ele lembrou que o projeto ainda pode ser vetado pela presidenta Dilma Rousseff. “Como havia um compromisso, o Senado apreciou o projeto, mas o processo Legislativo não se esgotou. A presidente pode vetá-lo, se entender que é necessário. Esse veto será apreciado depois pelo Congresso.”
De acordo com o presidente do Senado, o projeto foi votado porque as negociações em torno do reajuste dos servidores do Judiciário não avançaram. Ele negou que a votação tenha ocorrido por causa da falta de um pedido formal do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewadowisk, para que fosse adiada.
Renan acrescentou que a mesma situação deve ocorrer com o PL 41/2015, que concede reajuste aos servidores dos Ministérios Públicos e está pronto para ser votado em plenário. “Esse projeto entrará na mesma lógica. É fundamental que avancem as negociações. Se houver entendimento, melhor. Caso contrário, a alternativa do Parlamento será apreciar o projeto. Ele não sairá da pauta por deliberação do presidente do Senado. Não cabe ao presidente fazer isso”, conclui.