O aguardado anúncio do novo Rei da América, tradicional premiação promovida pelo jornal uruguaio El País, acontece nesta quarta-feira. Na edição de 2025, os finalistas do masculino são Lionel Messi, do Inter Miami (EUA); Giorgian De Arrascaeta, do Flamengo; e Adrián Martínez, do Racing (ARG).

Diferentemente do masculino, em que não há representantes brasileiros, a disputa feminina conta com Gabi Zanotti, do Corinthians, e Marta, do Orlando Pride (EUA), que concorrem ao título de Rainha da América ao lado da promessa paraguaia de 17 anos, Claudia Martínez, do Olimpia (ARG). Entre os técnicos, Filipe Luís (Flamengo), Gustavo Costas (Racing) e Gustavo Alfaro (seleção do Paraguai) estão entre os indicados.

Messi corre por fora

Após atuar a maior parte da carreira na Europa, Lionel Messi só passou a disputar a premiação após sua chegada aos Estados Unidos, em julho de 2023. No ano seguinte, foi indicado, terminou em quinto lugar e viu Luiz Henrique, do Botafogo, levar o prêmio. Mesmo em reta final de carreira e em uma liga de menor prestígio, o campeão mundial de 2022 segue sendo um nome forte nas votações.

Aos 38 anos, Messi foi artilheiro do Inter Miami, marcando 43 gols em todas as competições (46, somando os gols pela Argentina). Sob seu comando, o time conquistou o primeiro título da MLS e chegou às semifinais da Liga dos Campeões da Concacaf, além das oitavas de final do Mundial de Clubes.

Arrascaeta pode romper hegemonia Brasil-Argentina

Sempre presente entre os principais nomes da premiação — terceiro lugar em 2019, quinto em 2021 e vice em 2022 — o uruguaio Arrascaeta viveu sua temporada mais artilheira, com 25 gols e 20 assistências pelo Flamengo. Seu desempenho foi fundamental nas conquistas do Campeonato Carioca, Supercopa do Brasil, Brasileirão, Copa Libertadores e títulos da Copa Intercontinental (Derby das Américas e Copa Challenger), além da artilharia da equipe.

Se vencer, Arrascaeta quebrará a sequência de títulos de brasileiros e argentinos. Desde 2016, quando o colombiano Miguel Borja foi eleito pelo Atlético Nacional (COL), nenhum atleta de outra nacionalidade conquistou o prêmio.

Outro destaque é Adrián Martínez, do Racing. O atacante argentino marcou 22 gols e foi decisivo na conquista da Recopa Sul-Americana, no início de 2025, contra o Botafogo. O Racing também alcançou as semifinais da Libertadores e a final do Torneio Clausura da Argentina, eliminando Boca Juniors e River Plate.

Brasileiros em destaque nas premiações

Assim como nas conquistas recentes da Libertadores, os clubes brasileiros têm se destacado também no prêmio de Rei da América. Em 2024, Luiz Henrique, do Botafogo, foi o vencedor; em 2022, Pedro, do Flamengo; e em 2023, Cano, do Fluminense.

Criado nos anos 1970 pelo jornal venezuelano El Mundo, o prêmio inicialmente reconhecia jogadores sul-americanos atuando em qualquer lugar do mundo. Desde 1986, sob a organização do El País, passou a premiar apenas atletas e treinadores em atividade no continente. A escolha é feita por cerca de 250 jornalistas de diferentes países, que elegem os melhores jogador, jogadora e técnico da temporada.