Vida Esportiva
Museu de Schumacher na Alemanha exibe troféu polêmico, carros icônicos e peças raras
Há 12 anos sem aparecer em público, heptacampeão mundial da Fórmula 1 tem legado preservado em Colônia
O heptacampeão mundial de Fórmula 1, Michael Schumacher, vive recluso desde o grave acidente de esqui nos Alpes franceses, ocorrido há exatos 12 anos. Desde aquele 29 de dezembro de 2013, pouco se sabe sobre o real estado de saúde do piloto. Sua aparição de maior destaque nos últimos anos foi ao autografar um capacete com a identidade visual de Jackie Stewart, tricampeão da F1. O item, assinado por todos os campeões vivos da categoria, foi leiloado em prol de uma fundação dedicada a estudos sobre demência.
Apesar do afastamento de Schumacher da vida pública, seu legado permanece vivo em Colônia, cidade alemã situada a apenas dez quilômetros de Hurth, onde o piloto nasceu. Lá, está uma das maiores e mais completas coleções dedicadas ao heptacampeão.
A “Michael Schumacher Private Collection” tem entrada gratuita e ocupa o Motorworld, centro voltado ao automobilismo localizado a pouco mais de meia hora do aeroporto local e a 15 minutos da estação central de trem Köln Hauptbahnhof. A exposição reúne 13 carros que foram pilotados por Schumacher na Fórmula 1 e outros três de diferentes categorias, além de itens emblemáticos utilizados pelo alemão ao longo de diversas temporadas, como macacões, luvas, sapatilhas, credenciais, bonés e capacetes.
Logo na entrada, destacam-se sete modelos da Ferrari guiados por Schumacher, incluindo o F2002, vencedor de 15 das 17 corridas da temporada de 2002; o F310, do ano de estreia do piloto na escuderia italiana, em 1996; e o F2000, com o qual conquistou seu tricampeonato, encerrando um jejum de 21 anos sem títulos de pilotos para a Ferrari.
Troféu da polêmica na Áustria
A mostra em Colônia apresenta uma galeria com dezenas de troféus conquistados por Schumacher em suas 19 temporadas na Fórmula 1. Entre eles, chama atenção o troféu de segundo lugar do GP da Áustria de 2002, episódio marcante para os brasileiros. Na ocasião, Rubens Barrichello, então companheiro de equipe, liderava a prova, mas recebeu ordem via rádio para ceder a vitória a Schumacher na última curva. A atitude do alemão e da Ferrari gerou uma das maiores vaias já registradas no automobilismo.
Apesar de ter ficado com os pontos e o crédito da vitória, Schumacher cedeu o lugar mais alto do pódio a Barrichello e entregou ao brasileiro o troféu de primeiro colocado. O fato de a taça de vice-campeão estar exposta na coleção de Schumacher reforça que não houve troca de premiações nos bastidores, como chegou a ser especulado na época.
O acervo também exibe o modelo 191 da extinta equipe Jordan, carro com o qual Schumacher estreou na Fórmula 1, no GP da Bélgica de 1991.
Outro destaque é o modelo B194 da Benetton, utilizado por Schumacher em seu primeiro título mundial. O carro está suspenso a mais de dois metros de altura, permitindo observar a prancha de madeira no assoalho, peça que gerou polêmica no GP de Spa daquele ano devido ao desgaste excessivo identificado pela FIA, o que resultou na desclassificação do piloto e anulação da vitória.
Schumacher deixou a Fórmula 1 em 2012 como recordista de títulos, vitórias, pole positions e pódios. O tamanho do mito pode ser mensurado pela grandiosidade de sua coleção e pela memória que segue viva entre os fãs da categoria.
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